“Depois que enviei fiquei na dúvida, como irias interpretar. Não sou muito de ficar na dúvida, mas já que não me conheces, poderias achar que estou te cantando. Nada disso. Como sou muito assumida como mulher, não vejo nada de mais enviar algo que me toca. Escutei a música e pensei que a outra Beatriz também gostaria de ouvi-la. Nem sei porquê. Não se tem resposta pra tudo.
Ah!Ah!Ah!... perguntaste se estava te cantando?
Não gosto de afirmar uma coisa como se fosse verdade absoluta. Ainda puxando para o lado relativista (não ortodoxa) –rs. Até o presente momento não tenho inclinações pelo nosso sexo. Gosto muito de mulheres, faço tudo o que posso para auxiliar, pois acho que ainda estamos muito oprimidas, etc, etc. Mas nunca me apaixonei por alguma. Não é prevenção, apenas uma questão hormonal.
Ontem, como disse, num raro momento de romantismo do século XIX, escutei aquela música e me deu vontade de passar para uma outra pessoa, e o primeiro nome que me veio à mente foi o teu, que é o meu. Enviei para ti, ou enviei para mim. Por quê? Meu alter-ego? Mon autre moi-même ?
Falavas em misteriosa. Quem é quem? Nem e-mail sei qual é o teu. Não que isso importe. Mas ao mesmo tempo importa, porque estou escrevendo para onde? Sei que tudo isso envolve apenas, já sei que falei mais vezes, aspecto espaço-temporal. Meu lado ET ainda está adormecido. Tenho que sentir la consistance plus solide.
Quanto à formatação do texto, também não tenho esse dom.Foi tudo muito casual, a única coisa que fiz foi colocar meu nome no final.
Estou gostando de teus relatos: Inglaterra, França, Inglaterra... Fascinantes. Por favor, continue escrevendo, assim viajo também.
Uma pergunta: casou com um francês?
Enfin, ma belle amie (não estou passando uma cantada – rs rs rs), une bonne nuit !
Beatriz, ou Beatrice que não é a de Dante (clichê)”
