"A teologia da libertação nasceu nos anos 60 no esforço de escutar o grito do oprimido social e político. Esse grito continua. Mais. Hoje ele se transformou num clamor, pois são milhões e milhões que sequer têm o privilégio de serem explorados pelo sistema do capital. São dele excluídos. Por isso essa teologia continua tendo vigência. Nas igrejas que tomam a sério a opção pelos pobres e que têm uma pastoral social ela é a referência teórica de inspiração e de justificação de suas práticas. Ela continua forte na África e na Ásia e mesmo nos países centrais, onde anima os grupos de solidariedade internacional. De modo geral podemos dizer que ela se tornou uma teologia comum, depois que suas intuições foram reconhecidas como válidas pelo Vaticano. Fez-lhe, sim, reparos mas não que a invalidassem. Hoje este tipo de teologia entra em diálogo com a economia, com a ecologia, com o feminismo e com a pedagogia de libertação dos excluídos e assim se renova e mostra insuspeitadas virtualidades."