Usina de Letras
Usina de Letras
177 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62270 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13573)

Frases (50661)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6204)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->Amor Profano -- 04/05/2002 - 13:04 (Vilma Orzari Piva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Amor Profano

Tua sedução atravessou as luzes dos vitrais
Invadiu meus olhos na justa medida
Da volúpia do amor e do desejo da carne
Feitas nódoas que orvalham os rituais
Num corpo aberto clamando por ti
Em altares sagrados e cerimoniais
Que serpenteiam orgias amorais
Em cálices indecentes, delinqüentes,
Nos degraus da pureza e na escada do pecado.
Todo nu, claro, aceso, deixando-te escorrer
No conquistado sobre as muralhas
Em quentes fornalhas de dentro de mim
E não me escondo, me atiro no proibido,
Nas palavras, no ativo, no presente,
No teu corpo que viola meu trajeto
Num rompante, sem advertências,
Alojas-te num ímpeto em minhas reentrâncias
E não me amordaço....

Sei de onde vem e não sei para onde vai.
Quero-te homem já que não me detém
Pois que aqui estou perdida no profano
Das tuas emboscadas fatais ardendo em labaredas sensuais
Gemendo num verbo, morrendo de tesão,
Ajoelho-me nesse mar pagão.
Contorço-me em tuas mãos, sugo tua boca molhada de paixão
Que arrebatada pela minha seiva lambe todos meus sentidos.
Quero e permito sacrilégios....
Mergulho nas correntezas que me arrepiam,
Envolvo-te em meus braços . Meus seios na tua boca
Minha língua nos teus ouvidos
Encaixo-te entumescido na invasão do meu ventre
Dilatado em gemidos de dor e contração.
Remexo-te na carne imponente que penetras
Fazendo do teu corpo a minha prisão.
Quero-te mais no vai e vem liso
Em que deslizo, no sobe e desce que me esfolheia,
Em vertigens que me despenteiam...

Alucino, dou-lhe as costas que imploram a clemência do teu domínio
Em ondas frenéticas de possessão
entre palavras soltas, gemidos ofegantes
Prende-me em tuas mãos, ritma o meu quadril
Avermelham-se os montes que friccionam nesse ir e vir do teu corpo
No prazer do estalo da tua mão que se delicia na minha carne.
Enlouquece-me teu arfar de prazer extasiado
Que explode no grito, na baba, no apetite, no gozo,
No garbo, na reza, nas pontas dos dedos, no fundo dos olhos
Na malícia, na audácia, na verve, na febre,
Vencendo-me extenuada, amada,
No templo dos teus grilhões.
Sou teu ofício no pecado eternizado
Imersa no perfume dos cios
Até que nossos corpos se apaguem no final
E não te acuso de réu
Entrego-me em troféu.

Vilma Orzari Piva


--------------------------------------------------------------------------------
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui