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cronicas-->1978 - Bodas de Aventurina -- 28/01/2015 - 19:30 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Seis da tarde em ponto de hoje, vinte e oito de um de quinze, trinta e sete anos após aquele mesmo seis da tarde em ponto, quando a Edna surgiu na entrada da Igreja, para me casar e fazer-me dela um parceiro de toda uma vida. Fiquei em casa por conta de nossas Bodas de Aventurina e para almoçarmos no Varanda Grill, lá no Itaim, carne e vinho. No entanto, fomos só no Cobasi, um petshop perto do Ceasa, comprar rações pros bichinhos aqui de casa. Sabem por que; pois é, ficamos esperando resultados de exames que fiz na última sexta e só chegaram depois das três. Ai ai, sábado iremos.
Aventurina é uma variedade de quartzo com inclusões de fúcsia ou de hematita, para informação geral e voltando àquele sábado, vinte e oito de um de setenta e oito, descemos ao cartório e as dez um senhor proferiu algumas palavras e nos deu um documento para assinarmos, nós e os padrinhos, dois casais de presença importante no momento. Só um deles mantém as bodas em andamento; outro não.
Fomos a pé, caminhando lado a lado, prenúncio dessa caminhada toda até hoje. Ela de saia e blusa, linda de doer. Eu de terno bege e camisa floridinha, gola por cima do paletó, não cheguei aos pés dela, o que tento até hoje, mas não faço a menor questão de ganhar. Acham que não tivemos todos os teretetês da vida. Ó, tivemos sim e eles vão se acertando e ficando para trás. Também não sou fácil não, porém suportável. Será? Acho que uma mala me cairia bem. Sorte total minha tê-la ao meu lado e muitas partes dessa jornada tenho que creditar ao mérito da Dona Edna.
Daquele seis da tarde em ponto, preciso alterar em um minutinho, pois ela entrou antes; divinamente, mas um pouquinho antes. Estava trocando ideia com um dos padrinhos, quando ele me cutucou - Olhe a noiva! Olhei e caí de quatro até hoje. Pronto, falei. De novo não cheguei aos pés dela e se querem uma confirmação, empresto o nosso álbum. Da Igreja até o salão andamos de opalão branco e duas portas, só um quarteirão, o suficiente para aquela foto olhando pelo vidro traseiro. Sem sorrisos, por favor, era normal.
Lembro-me de quase todo mundo, até do meu irmão caçula, que teve uma crise de bronquite e teve que ser medicado. Foi uma festa bem legal. Saímos para Iguape e minha vida foi modificada para melhor, muito melhor, chegando hoje sempre melhor. De Iguape só conto do calorão e de eu tomar banho de roupa e tudo, ali perto da balsa. Que calor, igual ao desses dias todos.
Ando com quatro alianças no anular esquerdo, menos a original que foi roubada, na subida de casa por um ladrãozinho sem noção; assustou a Edna, que andava com as duas por a minha ter ficado meio apertada. Comprei uma nova depois e mais uma e mais duas, para garantir a comemoração da minha vida eterna de casado. Já escrevi isso e reitero.
Terminando esta e continuando esse nosso dia roubei um selinho, sugeri um vinhozinho, que foi deixado para sábado. Continuo na fita para cumprir minha meta e meu desejo que são as Bodas de Jequitibá. Edenáááá...
Inhooo, acho que casamos seis e meia, eu entrei seis e vinte e cinco. Óia só.
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