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Artigos-->Amarelo manga -- 19/09/2003 - 13:31 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O cinema nacional sem dúvida nenhuma tem produzido uma safra de bons filmes, só que ao meu ver já há neles algo de muito comercial, quero dizer que muitos já são feitos pensando exclusivamente no intuito mercantil da coisa e deixando um pouco de lado a arte.

O mesmo não acontece com “Amarelo manga” que é um filme que pertence ao cinema realista, que não presa pela fantasia e sim pela realidade nua e crua, é contundente e não tem nada de artificial.

O filme contém cenas de realidade explícita e muitas vezes para os mais desavisados pode causar nojo ou estranheza, é o cinema feito para chocar sem exageros descabidos, se passa numa cidade que dificilmente é mostrada além de suas belezas naturais, Recife é retratada aqui na sua parte mais urbana e pobre.

Nem é preciso dizer que atores como Matheus Nachtergaele, que sempre está muito bem, e Chico Diaz, como canibal, dão um banho de interpretação e sentido a personagens difíceis, Matheus interpreta um homossexual com maestria e muito melhor que Rodrigo Santoro em Carandiru.

Dira Paez protagoniza uma personagem evangélica reprimida por si mesma, através de seu personagem o diretor do filme toca em assuntos delicados com a sexualidade e a religião, Jonas Bloch faz o papel de um homem estranho e desajustado com aspectos muito interessantes, Leona Cavalli interpreta o papel de uma dona de boteco cansada da vida e com valores apodrecidos.

O filme teve um orçamento baixíssimo para qualquer padrão, R$ 450 mil, e um resultado absolutamente surpreendente aos meus olhos, eu que estava há algum tempo acostumado com a orgia visual dos efeitos especiais e a ausência da necessidade de pensar (nos filmes americanos já vem tudo pronto para se consumir).

Se você pensa em passar o tempo ou mesmo se entreter somente, não assista “Amarelo manga”, agora se quiser tirar algumas reflexões sobre o que é o Brasil e o verdadeiro povo que o habita, sem estereótipos ou maniqueísmos assista o filme que com certeza sairá do cinema com boas reflexões.



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