Carta em Cordel para o amigo Bonfim
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Meu prezado Manoel
Lembranças de toda a gente
Que escreve na Usina
Lugar bem conveniente
Nessa época de eleição
Prá esquentar a discussão
Com defesa pertinente
Recebi, meu caro amigo
O que me foi endereçado
Fiquei bastante contente
Você, como sempre, educado
Diz a sua opinião
Sobre a próxima eleição
É bem claro o seu recado
Por isso eu lhe respeito
Com toda a sinceridade
Tem coisa que até concordo
E acho até que é verdade
A Prefeitura de Fortaleza
O Ciro Gomes, com certeza
Recebeu com humildade
Você mesmo sabe disso
No dia que aconteceu
O Ciro Gomes foi honesto
E até se comoveu
Encontrou a casa arrumada
Muito bem administrada
Assim ele reconheceu
Foi pedir ao governador
O dinheiro que faltava
Prá continuar o bom trabalho
Fazer o que precisava
Limpou toda a cidade
Essa é a pura verdade
Fez o que o povo mandava
Quanto a prefeita Maria
Que governou Fortaleza
Perseguida pelo governo
Não posso afirmar de certeza
Mas acredito na história
Confio na sua memória
Do “coronel malvadeza”
Só não consigo entender
E me sinto prejudicado
Quando o amigo me informa
Talvez por falta de dado
Sobre a coligação “collorida”
Isso é mais uma ferida
Que precisa de cuidado
O Ciro bem que tentou
Desarmar esta lambança
E a culpa não é dele
É bom ter essa lembrança
A culpa é da legislação
Que permite a coligação
É questão de confiança
Por isso se faz necessário
Fazer sempre a distinção
Pior fez Lula e Garotinho
Que optaram pela união
Sem qualquer constrangimento
Sem mostrar arrependimento
Só prá ganhar a eleição
Juntou gente de todo o lado
Abusou do colorido
Misturou bandeiras e cores
Sem programa definido
Não respeitou eleitores
Ao escolher novos amores
Deixou todo mundo perdido
Por isso eu fiz minha escolha
Espero que tenha acertado
Vou votar no Ciro Gomes
O homem mais preparado
O “cabritinho esperto”
Consertará o esgoto aberto
Que por alguém for deixado