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cronicas-->Espaço Carmesim, Pichações e Trens -- 29/11/2014 - 15:56 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Espaço Carmesim, Pichações e Trens

Em 1979, eu tinha cinco anos de idade e um dos meus passatempos preferidos era ver os trens passarem num trilho que ficava atrás da minha casa. Então, nos meus sonhos, eu imaginava um vagão vermelho voador, que serviria de casa para alguém morar no alto de um sobrado.
Um certo dia o carro do meu padrinho estava passando pela Rua Doutor Faivre, quando de repente, avistei um vagão de trem, no alto de um tipo de sobrado, que parecia servir de casa e gritei:
- O trem voador dos meus sonhos virou um vagão que serve de casa!
Deste jeito meu padrinho explicou:
- Isto não é um vagão de trem, e, sim a residência Belotti projetada pelo modernista Loló Cornelsen.
Após isto, pensei:
- Um dia, entrarei nesta casa.
O tempo passou até que em 2014, soube que a Casa Belotti seria reinaugurada com o nome de Espaço Carmesin, um lugar de Arte e Cultura. Em setembro do mesmo ano, fui convidada pelo novo proprietário Hugo Umberto para um sarau de escritores, onde apresentei coreografias de dança e falei sobre meu livro Lendas Curitibanas. Ao entrar nesta casa fiquei emocionada porque sonhava em visitar este local desde os meus cinco anos.
Neste dia 29 de novembro de 2014, fiquei chocada ao saber que o Espaço Carmesim foi pichado por vàndalos, que tem como alvos principais os patrimónios culturais da nossa cidade. Por coincidência soube, também, que alguns vagões antigos que estavam ao lado da rodoviária nova foram pichados sem dó e nenhuma piedade.
Minha esperança é que os pichadores podem até sujar a História do nosso território. Porém jamais riscarão a Cultura, pois sempre existirão sábios de almas limpas dispostos a tirar a sujeira da falta de caráter que insiste em tapar a consciência de algumas criaturas perdidas.
Enquanto isto, procuro não sair dos trilhos seguindo a vida no vagão elevado, do trem da Poesia, mostrando para as pessoas que escrever num papel é bem mais proveitoso do que pichar o património alheio.
Luciana do Rocio Mallon



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