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cronicas-->A difícil Arte de defecar em ónibus -- 26/10/2014 - 23:19 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A difícil Arte de defecar em ónibus
Após minha aposentadoria há onze anos, praticamente, não viajei mais de ónibus. Na minha vida profissional, sempre preferi os ónibus para viagens a Capital. Ia pela madrugada, passava o dia no desempenho dos meus afazeres e ,a noitinha embarcava de volta. Estando bem dormido ao outro dia para meu expediente. Mas, por um sim, por um não recentemente acabei cometendo a burrice de voltar a fazer isso.
Meu filho fez a propaganda de um ónibus executivo, com saída ás 07 h 30´ e retorno as 19h Comprei a passagem no dia anterior para através de um assento individual, preveni-me da possibilidade de "Uma Vovó Gorda e a netinha Manhosa." Realmente não tive nada a queixar-me do seu conforto.
Pelo habito dos velhos tempos de manutenção, levei minha bolsa, com alguns sobressalentes como um par de meias e as cuecas. O técnico de manutenção nem sempre sabe quando volta, mesmo que seu plano seja de retorno logo a tarde. Segundo o meu antigo chefe Engenheiro Marcus Antonio Piccolli, o homem de quem nunca pude livrar-me ao contrario do Engenheiro Façanha, Eu fugi dele para a Fronteira ele foi de meu chefe no CROM Oeste, eu vim para o Norte ele veio de chefe do CROM Norte, rezei e fiz mandigas para livrar-me dele, mas como não soube rezar ele caiu, para cima ficando de chefe do meu chefe:
"Um homem de manutenção não tem de voltar só por estar com as cuecas cagadas".
Logo ao embarcar senti os efeitos da falta de treino de viajem, `umas que outras, a mais, na noite anterior´ e o café da manhã começavam a dar-me uma leve náusea. Debalde fui até a bolsa, não a minha velha bolsa de prontidão, onde alguns elementos básicos eram eternamente mantidos, procurar um Dramini. Eu sempre o usava em viagens não só como preventivo dentro das suas especificações, mas, principalmente como sonífero. Em cima, por sorte, as coisas acomodaram-se mas, embaixo desarranjaram-se. Iniciou com um leve movimento e roncos dos intestinos. Passando a cólicas e finamente ao anuncio que nem um "Decreto do rei Salomão" faria parar o que vinha a caminho. Assim tive de visitar a casinha. Uma raridade nos ónibus de quarenta anos atrás, principalmente nos Unesul da Linha Vacaria - Porto alegre. Certa noite indo de Porto Alegre para Vacaria tive de pedir, ao motorista, uma paradinha a fim de dar uma cacada a campo.
Já vi as mais diversas concepções de banheiros. Bem na época, da palhaçada, da proibição de cigarro em ónibus, quando o banheiro era alternativo dos pobres fumantes, a Marco Pólo, teve a feliz idéia de coloca-lo, em baixo da escada, um cubículo de exatamente dois metros de altura, e sessenta por sessenta, sem janelas onde alguém mais gordinho já tinha de entrar de ré de preferência com a cinta já solta e as calças desabotoadas. Este, pelo seu minguado tamanho facilitava a tarefa de vestir-se. Bastava apoiar as costas na porta, colocar a mão esquerda na parede oposta e com a direita puxar, abotoar as calças e prender a cinta. Porém, isso oferecia o risco da porta abrir-se. Como aconteceu comigo numa madrugada quando retornava a Alegrete. Sorte a hora e, ela dar para a escada. O banheiro deste ónibus apresenta-se bem confortável até com janela de abrir, nos bons tempos de fumante, com certeza, eu bem que curtiria um gostoso cigarrinho sentadinho naquele trono com aquela janela aberta.
Pretendia comprar o remédio no restaurante Italiam´s em Soledade. Fora de cogitação, pois as constantes descargas até lá me colocaram em forma novamente. Na volta, nem desci ali. A luz de mais uma atitude, legislativa emocional, de um desvaairado Ministro, ,Comprei uma garrafa de vinho e alguns sanduíches na rodoviária, relembrando os velhos tempos do trem onde por economia levávamos a galinha enfarofada. Agora o faço pela proibição da venda de bebidas alcoólicas, em restaurantes de beira das estradas. Sempre em viagens costumo jantar tomando uma taça de cabernet. Se eu estivesse de F1000, entraria na cidade de Soledade. Isso deve tornar-se rotina, para os viajantes em condução particular. Como consequência, creio que antes do crepúsculo do dois mil e oito restarão nas margens das rodovias somente os paradouros de ónibus. Nesta viagem tomei uma garrafa ao longo da viajem. O restaurante não me vendeu a janta e eu tomei mais do devido..
Num passado remoto, no alvorecer dos transportes coletivos rodoviários, não haviam paradouros nas estradas. As paradas para refeições ou eram nas estações rodoviárias, Como em Caxias do Sul ou, em algum outro restaurante dentro da cidade a exemplo do restaurante do Tino Raguzzoni em Cruz Alta, ponto d refeição dos ónibus da empresa Pluma.
Os nossos legisladores e governantes normalmente esquecem a razão, criando leis, decretos e medidas provisórias somente a luz da emoção. Como a lei do lampiãozinho a querosene da década de sessenta, a caixa de primeiros socorros, a lei do cigarro nos ónibus, ou, o estatuto do desarmamento colocando oitocentas mil armas na clandestinidade e seus respectivos proprietários gaúchos na contravenção, num estado com uma população carcerária inferior a vinte mil pessoas. Para a correta implementação desta lei, seria necessário a construção de um Presídio com área territorial igual a cidade de Pelotas.
Depois de uma meia hora de puxos e repuxos dos intestinos resolvi ir ao banheiro. Primeiro erro levei comigo meu companheiro de viajem, Os Olhos do General livro de autoria do Irmão Rossano Cavalari. Onde solta-lo antes e depois do serviço ou da obra como dizem os gringos. O espaço do banheiro, ao contrario da já citada catacumba da Marcopolo, não oferecia espaço para entalar-me enquanto baixo as calças. Com dificuldade solta a cinta, quando vou desabotoar as calças uma freada joga-me para a frente e para trás;. Por efeito de uma deficiência respiratória de infància - respiro muito pouco pelo nariz - "Os olhos do General", seguro nos dentes começa a sufocar-me. Completada a operação, de despir-me, vem o pior faltam-me mãos para baixar aquele acento erguido por molas. Resolvo o problema encostando-me bem contra a parede, e com a bunda na fresta formada por ele e esta, forço-o a posicionar-se sobre o vaso. Acabo curtindo o serviço enquanto saboreio parte de um capitulo. Mas tenho de retomar a operação em contraio.
A medida que levanto o rabo o acento também vem atrás. Nessa operação minhas calças caem até os pés. De balde tento alcança-las. Como na operação anterior faltava-me mais um braço só que agora este terceiro tinha de alcançar até o solo para poder içar minhas calças. A alternativa é voltar a sentar, enfrentado todas as dificuldades anteriores. Inclusive com "Os Olhos do General a sufocar-me". Sentado visto a cueca e puxo as calças até as coxas. Abro bem as pernas, levanto-me e, quando meus dedos roçam o cós delas. Uma freada joga-me para a frente e para os lados. Com o consequente fechamento das pernas, a queda da calça e a volta da operação a estaca zero. Isso repetiu-se por umas quatro vezes.
Vestido, já com o livro em baixo do braço resta-me o problema, como mandar o pessoal embora. O fundo do vaso é tapado. Nos velhos tempos do trem, o produto mal saia e já estava esborrachado ao lado do trilho. A água servia só para só para despachar algum teimoso. Quando já de saída descubro o botão ou puxador da descarga, abre-se o fundo do poço e,a descarga o empurra para baixo. O jato é violento demais tenho e de escapar urgente para não ganhar um banho de espuma da descarga química


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