06 de janeiro de 2007
CARTA QUE NÃO ENVIEI II
Boa noite,
Hoje, depois de alguns anos passados, resolvi escrever-lhe esta carta como um depoimento das angústias por mim vividas, naquela ocasião. No começo, quando nos conhecemos tudo era bonito e parecia que o destino tinha provocado um encontro de duas pessoas para se amarem para sempre! Mas depois de algum tempo, o que era encantamento foi se transformando num inferno, que só eu sei o que sofri com suas mentiras, dissimulações e infantilidade. Talvez, fruto de sua insegurança, que espero o tempo e a vida tenha lhe ensinado. E aí, percebi que para sempre é muito tempo... Para se viver com uma pessoa de caráter duvidoso...
Quando tu terminaste o nosso namoro, não dissestes nada e por mais que eu implorasse
só me respondia: Você sabe que não pode! Ou ainda, estou terminando, pois, à distância me deixa injuriada e estou ficando maluca... Isso não era justificativa, pois estávamos felizes e não havia da minha parte, nada ou motivo algum para o término da nossa relação amorosa.
Depois do término do namoro, ainda fiquei uns oito meses sem ninguém, na expectativa de ainda recomeçar contigo aquilo que se havia rompido e que outrora fora cheio de promessas... Ilusões e nada mais!
Nesse período, usaste argumentos e estratégias indecentes para que eu não lhe esquecesse, tais como: telefonemas anônimos, mensagens na secretária eletrônica com voz disfarçada, aparecimento surpresa em lugares públicos para que eu lhe visse e muitas outras atitudes que não vale a pena relembrar.
Com o passar dos anos fui entendendo que a sua atitude era de uma pessoa desequilibrada e talvez doente, e isso me deu forças para esquecê-la e definitivamente tirar da minha cabeça um sonho que virou pesadelo!
Se naquela época foste influenciada por outra pessoa ou não acreditasse que eu seria capaz de me separar da minha ex-esposa, hoje tens a certeza que estavas enganada, pois estou amando,namorando e morando com outra pessoa... E você sabe disso, pois recentemente olhastes nos meus olhos, frente a frente, e constataste que eu estou Feliz!
Depois do vendaval passado, tenho a consciência que tudo aquilo vivido por mim, foi uma paixão avassaladora e não foi amor! Amor é o que sinto atualmente por quem dedico os dias da minha vida. É com esse AMOR que posso analisar a diferença que existe entre Amor e Paixão! De qualquer forma, a sua passagem pela minha vida serviu como contraponto do que quero ou não, na trajetória dos meus dias.
Agora, estou feliz e mais nada!
Getúlio Silva 06/01/2007
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