Amigos,
Há cerca de 60 mil plantadores de cana independentes, isto é, fornecedores para as usinas de açúcar e etanol, atolados em dívidas e sem mercado para vender a matéria prima, cujo preço se encontra 20% abaixo do custo de produção... A maior parte de tais produtores independentes está contida na área da agricultura familiar... cujo apoio oficial tem sido tão alardeado... Os produtores independentes representam 40% do abastecimento das usinas, que sempre têm canaviais próprios.
A propaganda irresponsável do Governo, está levando milhares de produtores e suas famílias à falência, à miséria e ao sofrimento. Não há mercado para o etanol brasileiro, nem interno e nem externo, nas proporções alardeadas pelo alcoolismo presidencial. O etanol só faz sentido quando misturado aos combustíveis em uso. O seu consumo exclusivo só é possivel através de purificação de elementos altamente tóxicos e poluentes. Para tanto, o equipamento que deveria ser agregado às refinarias, custaria cerca de 25 milhões de dólares por unidade...
Cerca de mais 35 novas destilarias de etanol estão sendo montadas e, certamente, irão para o buraco...O negócio de Bio-diesel, também, não caminha bem. Unidades e mais unidades estão sendo instaladas, quando o mercado de grãos está em alta, para rações e comestíveis e com previsões otimistas de longo prazo...
Oa, por incrível que possa parecer, mesmo com preços elevados no mercado de commodities, os plantadores brasileiros estão amargando prejuízos notáveis, com a valorização do Real frente ao Dólar americano, os juros abusivos e a subida vertiginosa do custo de insumos em até 50%, como fertilizantes e defensivos, além da carga tributária escorchante a pleno vapor e os horrores da infraestrutura de armazenagem e transportes da atualidade.
Muitos, por cima de tudo isso, ainda sofrem com o MST nos calcanhares e com as imposições de produtividade fora da realidade, pelos orgãos socialistas do Governo central.
A maior parte das informações acima foram colhidas na TV Rural, no programa Mercado & Cia de ontem.
OJBR
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