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Discursos-->DESEJO AGNÓSTICO -- 02/05/2004 - 23:26 ( Marcello ShytaraLira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESEJO AGNÓSTICO

Houve eras em que as nuvens
Eram minhas diversas camas
Meus desejos todos realizados
Nos braços de belas mulheres
Mas o ciúme do criador
Crivou meu ser, desnudou minh’alma
Metamoforseando-me de alado
À sibilante... rastejante ser egoísta...

Foi-me tirado o poder
De ver adiante de mim mesmo
Minhas omoplatas servem agora
Para assegurar ao criador
De que serei bípede adunco
Armado para destruir o belo...

O belo de amar. O belo de saber
Estar sendo amado...
Hoje minha acepção de mundo
É apenas uma foice afiada
Laminada pela maldade...
Do ciúme de quem mesmo me criou...

“Ó! Sei que de meus pés
Quando nos passos dados
Meus apostemas germinam flores liquidas
A derramarem sangue acérrimo...”

As trevas me servem como mantos
Encobrindo-me. Negligenciando meus erros...
Alimentando-me de meus sentidos dúbios
Vejo as máscaras enojadas de seus donos
Pessoas que serpenteiam em torno de si mesmas
Siamesas na vontade alheia de sugar o sangue
Os beijos dados em minha face...
Retratam o desprezo da corda
Quando teve que cortar o Judas...
Destino pelo qual fora escrito por quem não o perguntou

“Ò! Como podes me julgar sabendo que de mim nada fora
escrito, mas me escreveram: sem perguntas; sem permissões!
A história precisava de um algoz: fez-me algoz, pois sem
Algoz, efeito algum não produziria e fiéis não ganharia”


As fêmeas ancas que surfaram as ondas
De minhas veias, tornaram-se meus caninos
Vejo-te, babo, desejo tanto...
Tua esternoclidomastóideo
Tanto quanto a eucaristia...
Minha anistia... Minha alforria

Em meu sepulcro conheci a verdade ...
O epitáfio em minha lápide avisava-me:
Aqui jáz um epicurista que acreditou
No amor e do amor ousou ser amado
E quando amado, ser bem tratado
Pela mulher de teias douradas...


“Renasci quando de minha anátema!”


Marcello ShytaraLira
Sampa 21/04/2004
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