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Discursos-->Governo Diminuto -- 01/05/2004 - 12:13 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Salário Mínimo, Governo Pequeno
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Salário mínimo. Aumentou ou humilhou? Salário pequeno. Salário que restou. Salário anão. Salário ameno. Salário de tostão. Salário do tamanho de um botão. Salário de centavos ao dia. Salário de zero vírgula sessenta e seis. Ao dia, é claro! Não ao mês. Ao mês somaria vinte reais. Bem que poderia ser mais. Mas foi o possível. O que poderia. Dizem o grupo da economia. Economia às custas dos miseráveis. Para manter o pagamento da dívida em dia. Milhões de desempregados, felizmente, nada têm a reclamar. Nem a receber. Nem o que comer. Estão abaixo da mesa. Da linha de pobreza. Alistados no fome zero. Esperando por três refeições. Eu também quero. E o governo lava as mãos. Destilando seu lero-lero.

Governo pequeno. Sem grandeza. Comprometido com a nobreza. Com o salário máximo. Salário sem limite. Salário de banqueiro. Esqueceu, de vez, o nosso presidente. Que um dia foi nosso companheiro. Que já pisou no chão da fábrica. Que já foi torneiro. Oposição ao governo. Líder da esquerda. Sindicalista. Hoje está à direita. Com problemas na vista. Não chega a ser cegueira. Provavelmente miopia. De quem sempre afirmava. E dizia. Que quando chegasse lá, tudo faria. Em nome da população que o aplaudia.

Preparou-se durante mais de vinte anos. E agora diz desconhecer o que já sabia. Que governar é diferente de protestar. De jogar pedra na vidraça alheia. Se já sabia, está mentindo. Se não sabia, é covardia. Para que então as promessas? Se projeto não havia. A não ser chegar ao poder. Vaidade pessoal ou heresia? Tu és responsável pelo que cativas. O grande Exupéry já dizia. E agora, Luis? E agora José Dirceu. José Genuíno. José de Alencar? O que fazer com o voto que o elegeu? Devolva logo o que é meu. Ou faça o que prometeu.

Sem essa de que não é possível. De que só há um caminho. O rumo de FHC não chegou a lugar nenhum. Dez anos não deu em nada. Por que agora daria? E o mundo inteiro, como fica? E os demais economistas, que diriam? Poupar é preciso. Deixar de apostar, apenas, na agricultura. Um pouco mais de juízo. Voltar-se mais para a educação. Chega de culpar a inflação. Chega de seguir à risca o risco-Brasil. O risco de mentirinha. O risco do sistema financeiro. Que só pensa em dinheiro. Até quando, companheiro?

Aproveite este momento. Dê uma virada de mesa. Mude o rumo da economia. Chega de covardia. Chega de endividamento. Chega de agradar ao estrangeiro. Tudo por dinheiro. O povo está cansado de esperar. O medo de ser feliz virou pânico. A esperança jogou o pano. Cinqüenta e três milhões de brasileiros. Este é o saldo de que ainda dispõe. Passe para o nosso lado. Lute com o seu eleitorado. Pense no Brasil. Deixe o FMI de lado. Ou então jogue a toalha. E confesse que não estava preparado.

01 de maio de 2004

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