Deixa seus tímidos receios se instalarem fortemente nas manifestações da fuga!
Corre se expressando aversão ao que deseja há muito, mas não percebe que a tentativa é inútil considerando que está a fugir de você mesma!
Abre outras portas e não consegue fechar nenhuma... o risco aumenta, pois tudo fica vulnerável com o seu estado volúvel de querer sobre a vida!... principalmente, quando tudo quer de uma só vez e ao mesmo tempo!
Pisoteia tanta sublimidade cativada com horas dedicadas... até as letras que grifam como caminho exclusivo aquilo que indica o seu mundo!
Sorve o meu amor solvendo que ele não é mais!
Resta pouco desses seus receios em mim!
Fui obrigado a vê-los como única forma de me desatrelar dos seus compromissos blefados no suspiro de um beijo... eles nem existem mais!
Arrumo o alforje para nova caminhada.
Vou reunir os gravetos das minhas letras para formar outra cantiga, mas não deixarei de cantar... haverei um amor mesmo que eu tenha que deambular longo tempo!...
Nascerá no fim de uma desdita história outra cena que irá colimar uma alegria!
©Balsa Melo
02.09.07
João Pessoa - PB