Como a luz do sol que embala a gota de orvalho da noite e aquece o frio dos lírios, adormeço e acordo a cabeça em você.
E inssensata é a maturidade, que acomoda-me no pleito do quarto pálido a viuvar sofridos momentos, que longe de ti verbo do peito cansado, homem, francas saudades e poucas atitudes.
Quiserá eu e meu sonho solver os olhos noturnos a tua cândida formosura.;
Quiserá eu e a minha insolência, ousar aditar-me ao limiar dos olhos.; aproximar dos lábios carnudos os meus, caboclos pecados.
Vicejar o valsar dos teus cabelos, esse teu jeito ténreo que fala em segredos o que a tua alma incomodada quer falar. Essa necessidade que me enclausurou nessa insanidade de pensar que poderia te ter na minha cidade.
Logo você eu fui querer.; tão decidida.; tão adulta pra se dar ao trabalho, de enxergar, de sentir esses pobres versos infantis desses traços vis, de um sentimento que me traiu o peito, que me congestionou o espaço e que há anos só eu vivo pra mim.
Quiserá o dia ser ao menos lembrado.
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