Foi aquela impressão de distância que me reconduziu.
Eu não sei onde estava, nem se estive: sinto que estou de volta,
olhar aberto, contemplando seres incompreensíveis,
como se o mundo todo fora outro mundo diferente.
Alguma coisa me chama para a luta a fim de vencer.
Desconheço, entretanto, adversários, mas tenho medo de ir.
Voltei e não quero ir. Todavia, não sei se estive, se estou ou estarei.
A opressão do mundo é demasiadamente forte para mim.
Por isso, tento acabar com ele e não consigo.
Repugna-me tudo e chamo-me infeliz.
Tenho leve desejo de voltar e não de ir.
Amedronta-me a idéia de, tentando voltar, ir.
No entanto, sei que vou voltar e assim terei ido.
Naquele momento, tudo estará acabado ou será apenas o início.
09.01.58.
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