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Cronicas-->3014 - Assim por diante... -- 12/05/2014 - 01:35 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tem coisas que a gente não consegue explicar! Começo de um texto na página cinco do Postal penúltimo, falando de recordar é viver e épocas passadas. O que tem de saudade na cabeça das pessoas, quando falam daquilo que foi, do que passou. Nem dá para dizer nada, uma vez que parece ser uma questão de fé no seu já vivido, idos, tempos idos. Saudade, no Houaiss, já começa assim: sentimento mais ou menos melancólico de incompletude. O presente nunca se completa para determinadas pessoas, por mais que ele seja demais da conta. De menos, então, não cogitaremos. Até sou a favor de ter saudade, mas aquela, de um lugar agradável já visitado, uma pessoa querida e distante, uma comida boa, da terra nascida.
Mesmo não podendo dizer nada, como explicar a saudade melancólica, que grassa por aí, em comentários e até matérias, artigos, querendo apologias do recordar como viver. Sei não, viver é o que vem, é o empreender e tornar o futuro melhor para si e para todos. Essa coisa do já vivido, ai que tempos bãos, ou, era feliz e não sabia, ou, época boa, quando tudo era mais legal e não tinha isso, aquilo; agora, ninguém faz nada e solta um eu fiz e desfiz, porque na minha época, porque quando eu, etc. Vamos parando, porque essa valorização do passado em demasia chama-se saudosismo e o saudosista não vive, não constrói.
No mesmo texto pode-se ler que a Matriz continua majestosa, como sempre e eu digo, só não vê quem não quer. Eu estive nela, sábado ontem, por um tempo, suficiente para uma reflexão e lembrei-me carinhosamente, desde criança o meu frequentar. Foi um bom momento e, no entanto, o que eu mais pensei foi em voltar outro dia, outro mês, aliás, minha promessa foi manter a minha intenção de todo dia vinte e nove de setembro estar com ela e com São Miguel Arcanjo. Espero e quero acompanhar a procissão mais uma vez, junto ao andor e outras vezes, tantas... Só para constar, nos últimos dezesseis anos estive por quinze vezes na procissão, com ótimas lembranças, mas saudade mesmo eu tenho das próximas.
Na quarta última estive em Iguape, também de criança o meu frequentar, a Basílica, a Sala dos Milagres e Bom Jesus. Em meu momento, naquela igreja, refleti sobre todas as idas já realizadas, minha caminhada não completada, o caminhão de meu pai com os romeiros, mas, apesar da emoção, não senti vontade de voltar a nenhuma delas. Senti saudade de voltar outro mês, outro ano, outra vez e principalmente, saudade do final da minha caminhada, que ainda não terminei. A minha emoção foi já ter vivido todas e poder voltar sempre, acrescentando.
O texto chama-se "Papo Legal", não cita o autor, porém cita que a praça foi modificando e que para muitos a época antiga era mais bonito. Tenho lembranças de diversas fases da nossa Praça, todas ótimas, só que prefiro a de hoje, pois posso andar, posso olhar e posso senti-la; sexta e sábado eu vivi a praça, a igreja, a loteria do Robertinho, o Cacau Show, a banca, rezei na igreja, até vivi uma orquídea na Lia Flor.
Às vezes, chego a me irritar com esses textos saudosistas, quando eles depõem contra o momento atual. Resmungo: passadistas de uma figa. Não vivem e tome na minha época, quando eu isso e disso e quem recorda vive duas vezes. Vive nada, nem nenhuma, por assim dizer. Andei pela cidade toda, na manhã de sábado, com o objetivo de viver o presente dela, olhando as mudanças e dizendo da importància, com a concordància da minha mãe, quase oitenta já e sempre disposta ao que vem. Antes uma fezinha na mega-sena, para ajudar o futuro. Ainda não deu, continuo jogandinho, de leve e sempre.
Penso que esses saudosistas não gostam da cidade atual, achando que podem voltar, nas suas máquinas de tempo, àquela cidade só deles. Parem um pouco e pensem: A cidade, a praça, a Matriz estão lá para serem vividas agora e sempre. Parem, chega do já foi. Neste domingo segunda de onze e doze de cinco de quatorze, criem hoje novas recordações para o futuro; já estou de malas prontas para amanhã e daqui a mil anos e assim por diante...
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