“A Doutrina não aceita que Jesus Cristo tenha ressuscitado e, muito menos, "ascendido aos céus de corpo e alma". São dois absurdos. O corpo de Cristo teria sido removido de uma sepultura para outra por José Arimatéia, comerciante rico que o acolheu para estudar cabala na infância. Como admirava Jesus, subornou os guardas e, assim, evitou que o corpo do Mestre fosse levado e esquartejado, prática comum à época para os condenado à crucificação.
Quem apareceu aos apóstolos então? Jesus Cristo! O espírito pode impor tamanha densidade à matéria semimaterial de seu perispírito (envoltório sutil) a ponto de lhe tornar visível e tangível ao ser encarnado. Foi isso que fez Cristo - e, por isso, é dito que Ele ascendeu aos céus de corpo e alma. Essa é a razão ainda pela qual Jesus aparecia e desaparecia misteriosamente e ingressava, sem avisar, no local fechado em que se escondiam os apóstolos” (Clésio Boeira, “Espiritismo & Ciência”).
Essa explicação, todavia, não tem amparo bíblico. Lucas escreveu que, ao aparecer para os apóstolos, Jesus dissera:
“Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho” (Lucas, 24: 39).
Quem acredita que Jesus apareceu para os apóstolo, deveria acreditar na literalidade do que está escrito que ele disse.
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