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Cronicas-->1981 - Sagu e doces docinhos -- 05/04/2014 - 16:57 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Comemorar e relaxar, bons motivos para jantar no Navegantes, beira Rio Piracicaba, pacata noite de quarta e de ótimos pratos apresentados no cardápio, onde num cantinho de nada aparece o sagu; é, aquele doce mesmo, em calda de baunilha. Raro ver em outros restaurantes, mas de boa memória minha, por ter sido meu infantil preferido. Não tem sido mais, por culpa de outros e nessa noite mesmo optei por modernosos Lemon Curd e Ice Irish Coffee. Saber deles só lá mesmo.
Sagu não é pouca coisa não, tem muita história, relacionada a palmeiras e mandioca, podendo até substituir o caviar, uns quinhentos anos essa coisa toda de alimento. Eu digo do doce, após a comida, gostava muito e vivia pedindo pra Dona Cida, até a Edna andou fazendo o sagu de vinho pelo começo de nós, parou. Uma das vezes colocou mais de meio quilo na panela, não teve como conter o tanto, pois sagu rende.
Além de render, aguçou minhas papilas com relação aos doces, que não damos nada, mas comemos rezando e depois choramos as calorias culpadas. Na quinta mesmo, flagrei a Shirley com um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate, que delícia. Minhas crianças e eu tivemos essa experiência mais de mil, embora a Edna ache ser menos; só um esquecimento, isso não contando os da mãe dela e os da Sandra. Em São Miguel nos sessenta, o bolo de forma redonda com banana e calda de açúcar na base fazia um sucesso danado, depois era só virar na forma e segundos a contar para o fim dele, com café e leite, pelas tardes calorentas ou friorentas de então. Como não ter saudade.
Manjar branco com doce de coco amarelinho, saído da geladeira dá até um frio na barriga, só de lembrar. Uma fatia al dente e duas colheres do doce, combinação mágica e não por ela sumida em minutos. Não vão acreditar, mas tenho deixado de lado, quando encontro essa mistura, só pode ser a idade e os sorvetes. Mesma coisa com doce de abóbora e coco cortado em pedacinhos, uma delicada combinação até hoje lá em casa de mamãe. Três porções mais leite e freezer dá um sorvete e tanto. Experimentem.
Panelinha quente na mesa e uma moranga em pedaços, que doce mais gostoso do mundo, açucarado e grudandinho no garfo. Só tirar a tampa para aquilo virar uma doce imagem, sem trocadilho uma gostosura. Servia-se no prato uma meia lua ou segurava-se no garfo mesmo e pronto, cafezinho acompanhando. Saber mais, só visitando Dona Cida, avisando bem antes e pedindo, talvez levando uma moranga...
Não gosto mais de canela, principalmente em cappuccino, mas ela em cima do potinho de arroz doce era tudo de bom, quente ou bem geladinho, meio durinho do próprio tempo de geladeira e cremoso no meio, humm hummm até hoje. Também tenho quase deixado de lado, tanto lá em casa, como aqui em casa. Sorte que não perco na minha memória, nem olfativa, nem gustativa os detalhes desses sabores todos.
Eu chamava de pãozinho de coco, dizem serem fatias húngaras, quantas tardes ótimas na época de namoro e a sogra apresentava uma fornada ou mais, eram as melhores de todas, só perdiam para a namorada mesmo, a mesma até hoje ganhando todas. Pão de coco das padarias eram sonhos no café, hoje na Real de Sorocaba são as rodas de fogo e quando tem, pego umas, o miolo sempre é melhor. Pudim de leite tenho pouca memória, não posso reclamar e pudim de caixinha deixa comigo, tentei fazer um e foi aquela esbórnia no fogão, nunca mais ousei. Como não ousarei mencionar as sobremesas atuais, essas de restaurante com nomes pomposos. Romeu e Julieta merece menção e até honrosa, uma vez sempre presente, sabem né, queijo e goiabada e suas versões. Neste sábado, cinco de quatro de quatorze, se esqueci de alguma, fico devendo a mim mesmo, talvez doce de leite condensado ou doce de leite mesmo, queimado no fogão numa leiteirinha qualquer...
 

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