Repassando....
Olá,
Acho que nossos colegas conseguiram resumir tudo aquilo que aflige boa parte daqueles que seguem a carreira do magistério em escolas públicas.
Gostaria muito que vocês lessem, se indignassem, mas que tb divulgassem, pois, de forma geral, há uma crença de que somos nós, os professores, os únicos responsáveis pelo fracasso escolar, por isso, acreditam alguns, somos até bem remunerados pelos resultados que apresentamos. Poucos, porém, conhecem a realidade em que trabalhamos. Neste momento, por incrível que pareça, boa parte dos professores, conforme pode ser percebido no anexo, reinvindicam CONDIÇÕES DE TRABALHO!!!!!!!!!!!!
Abs.
Milene
Por que os professores paralisaram?
(17/04/2007-)
Nós, professores, das escolas da rede pública estadual estamos fazendo uma paralisação para mostrar o nosso descontentamento em relação ao descaso do governo no que se refere à educação pública.
Esse descaso se deve à:
Falta de funcionários e precárias condições de trabalho no ambiente escolar implicam em:
- Banheiros e salas sujas, prejudicando a saúde de todos os envolvidos no processo educacional: alunos, professores, funcionários, etc;
- Lousas, carteiras e ambientes de trabalho inadequados, acarretando sérios problemas de saúde, tais como: inalação excessiva de pó de giz; problemas posturais e questões ligadas a ergonomia; poluição sonora e visual, devido a grande concentração de alunos em um ambiente restrito, sem ventilação adequada, que comprometem as cordas vocais e reduzem drasticamente a capacidade auditiva de alunos e professores;
- Desrespeito com a Constituição, uma vez que infringe ao direito legítimo do aluno a um espaço mínimo de ocupação na sala de aula acarretando baixo rendimento no aprendizado;
- Falta de uma estrutura democrática que privilegie as considerações de todos os profissionais, independentemente de cargo, nível ou função, dos envolvidos no processo educacional, para garantir um ensino público de qualidade;
- Falta de uma remuneração justa para todos os profissionais da área da educação, na ativa ou não;
Ineficiência dos processos de aperfeiçoamento e capacitação dos profissionais envolvidos na área de educação:
- Falta de um comprometimento do Estado frente à formação continuada dos professores. Temos cursos que são oferecidos, para esse fim, pelo Estado, mas, na maioria das vezes, temos que arcar com o custo dos mesmos. Quando isso não ocorre, somos pressionados a fazer cursos em horários que deveriam servir para descanso ou, até mesmo, em horários destinados a funções pedagógicas, importantíssimas no ambiente escolar. Estas formas equivocadas de se “investir” em funcionários, vêm causando um grande desconforto, cansaço e desestruturação pedagógica.
- Estrutura democrática que propicie a esses profissionais resultados efetivos para a melhoria do ensino;
- Falta de uma remuneração justa para profissionais da área da educação;
- Em decorrência da falta de verba, a escola não tem condições de trabalhar com materiais didáticos adequados ou pelo menos o mínimo de material possível que permite o desenvolvimento integral do aluno.
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