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Poesias-->SONETO AOS POETAS -- 12/11/2001 - 12:56 (VIRGILIO DE ANDRADE) |
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Neste momento de angústia e trauma
Quando cerro fileira com abnegados e eruditos poetas
O fogo da vaidade consome minh’alma
E meu nome ecoa nas livrarias desertas.
Não, não temais companheiros do infortúnio
Meu poetar não é poesia
Não sou senhor deste latifúndio
Não envergarei o fardão da Academia.
A ereta veia já não se martiriza ante a cupidez dos editores
Os flácidos e pálidos seios da mundana folhosa secou,
Secou a paixão dos leitores.
Estou ébrio, este é meu sopro derradeiro
Apartou-se de mim a musa de outrora
Fui deserdado pelo livreiro.
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