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Cartas-->Comentário indignado -- 07/04/2007 - 16:42 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Comentário Indignado

Por Marcelo Hecksher

Coronel-aviador

Comentando o manifesto dos controladores, ponto a ponto, gostaria que fossem respondidas as seguintes perguntas:

· Quem atribuiu aos controladores a responsabilidade por paralisações em virtude de fenômenos naturais? Quem interdita o aeródromo, é o controlador? No caso de fenômeno meteorológico não existem mínimos previstos nas cartas de aproximação? Os mínimos previstos não são calculados pela meteorologia ou medidos por equipamentos exclusivos para esse fim?

· Quando, em que organização e em qual chefia algum controlador de tráfego foi perseguido por ter relatado, no livro de ocorrências, alguma discrepância do sistema? Esse chefe perseguidor, se existiu, foi punido?

· Qual operação de segurança executada por controlador de tráfego, prevista em norma internacional, que resultou no fato deste controlador ser chamado de insubordinado e de sindicalista? Complementando, insubordinado vem de insubordinação. Para algum desses insubordinados foi dada voz de prisão, uma vez que insubordinação é crime?



Eu até pensei que seria possível comentar o manifesto dos controladores, ponto a ponto. Contudo, as colocações desses pretensos profissionais, indisciplinados, mentirosos, (os que escreveram o manifesto) são, de tal forma, ridículas, que é impossível fazer qualquer análise séria do texto. Assim faço as minhas perguntas.

· Em que a pane do ILS de Guarulhos prejudica ou impede a atuação do controlador de tráfego?

· Em que a falta de aeronaves reservas para suprir panes em aeronaves no Natal, prejudica a atuação do controlador de tráfego?

· No tocante às observações da OACI e da OIT, citadas pelos controladores, não seria mais honesto se esses controladores, tão sacrificados e desacreditados por seus chefes militares, citassem, para o conhecimento de todos, que seus chefes são, muitas vezes, oficiais especialistas em controle de tráfego aéreo, ex-sargentos controladores de tráfego aéreo, que foram aprovados em concurso interno, realizado anualmente, para os sargentos dessas especialidades, e promovidos após curso de formação de oficiais, realizado durante um ano?

· Ainda, no tocante às observações da OACI e da OIT, citadas pelos controladores, não seria interessante citar, para conhecimento de todos, que a planificação dos sistemas de tráfego aéreo é realizada por especialistas em tráfego aéreo, por vezes doutores em tráfego aéreo?

· Não seria mais honesto dizer que os controladores não só são consultados sobre o desenho, a planificação e a aplicação das condições técnicas relativas aos sistemas de controle de tráfego aéreo como, também, participam ativamente dessas tarefas?

· Dizer que, graças a Deus e a Nossa Senhora do Loreto, oficiais aviadores e engenheiros, com toda uma vida dedicada ao gerenciamento do sistema de tráfego aéreo, também participam desses estudos?

São esses controladores que foram recebidos pelo ministro da defesa e serão recebidos pelo presidente, segundo corre na mídia. Esses “profissionais” continuarão a ter condição de parar o país. Com mais facilidade, uma vez que não estarão mais sujeitos ao regime disciplinar ... Bem, isso também parece não importar mais. Estou na reserva, ou melhor, reformado. Já fui aconselhado a deixar de lado. Mas, não posso.

Não posso ter vivido 30 anos e seis meses como oficial, mais seis anos como cadete e aluno, tendo deixado de gozar 10 férias anuais e 3 licenças prêmio, dedicando-me, inteiramente, ao serviço, sempre preocupado em antes ser exemplo do que simplesmente chefe, para assistir um grupo de insubordinados jogar o nome da Instituição na lama. O pior: com o beneplácito e a cooperação das autoridades que deveriam, por Lei e juramento, defendê-la.

O que dizem os controladores são inverdades, explicações pela metade. Todo sargento recebe um salário absurdamente baixo. Fui contestado, em artigos anteriores, quando propugnei a diferenciação dos desiguais. Acredito, firmemente, que esse é um ponto que deva ser revisto. O funcionário público, civil e militar, ganha pelo nível hierárquico e não pelo seu valor para a instituição, para o país.

Para que fique claro que não aceito esse estado de coisas, acobertar insubordinado, que contra ele me insurgirei, sempre julguei necessário estudar a mudança da jurisdição do sistema de controle do espaço aéreo, como consta na minha dissertação de mestrado, orientada por brilhante doutor da UNB.

Mas não pode ser mudado dessa forma, sob pressão de um grupo de insubordinados, com o beneplácito de pretensas autoridades. Autoridades não são. Falta-lhes credibilidade, conhecimento, exemplo. Podem ser chefes, com base apenas no nível hierárquico de seus cargos, nada mais. Tornam a hierarquia acachapante.





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