Qual pluma por dentre os dedos flutua
Manga perdida ao léu da camisola
Manda por ares o dizer da hora
Que o dia dos amados continua
Se cobrem, todos os beijos, desejos
Chão adentro, nuvens, a recolher
Antes que seus passos desapareçam
Desenham o mapa do amanhecer
De mar a mar, acalentando a sede
Orvalho, no sussurro das manhãs
Banhados ao sabor das tempestades
Vaga-lumes, flanando mocidade
Fogos fátuos, tremulam o afã
No brilho dos olhos firmaram rede
(Para a dona dos meus dizeres) |