Então já é Natal?
Ainda não deu tempo, mas ele passou. Voou na verdade. Vuuussssh, como um raio, a vida passa. Quando menos se espera, lá vêm os enfeites e as luzes. O mundo todo se edulcora, os olhares se enternecem. Pois é, em pouco mais de um mês, de novo...Natal.
Sabem o que me apavora? Essa velocidade dos tempos. Einstein tinha isso na cabeça quando relativizou tudo. E o tempo se condensa num morro, as filas permanecem as mesmas nas ruas...E o homem comum se prepara e planeja o momento único de sua vida...de seu ano que se esgota num vórtice, num brilho de estrela supernova.
Pois é, estamos na mesma, mas já é Natal. Acreditam? Ou não conseguem ver a suavidade nos sorrisos das mulheres, os gritos alegres das crianças apesar dos ritos dos pais e das regras da escola metodista? Acreditam que a voz do velhinho na caixa do supermercado diz: Água-de-coco e a atendente com paciência lhe diz, espera um pouco?
Habemus Natal. Temos agora a se multiplicar nas fachadas estranhos pirilampos de cores mil, que alegram esquinas antes sujas, agora na calada da noite com reflexos azuis...e brancos...azuis...e rosa, e branco-azuis-rosa-verde, num repente. Sabiam? Estamos em limiares de eras novas. Ano que vem tem democracia e copadomundo. Ano que vem tem cometa novo e o velho Natal te espera ali, onde as famílias se reúnem para um dia de suave cortesia.
Compre seus presentes, mas antes, dê-se um. Saiba que o triste de tudo nunca deve ser a tônica dos dias, esse é o sentido do Natal. Não é um homem pendurado em uma cruz, é uma criança que renasce e vive, a que em todos nós se rejubila, olhos vidrados na espera de uma surpresa, nem que seja só beijar o rosto daquela que te criou, ou abrir o coraçao àquele que te acompanha.
Pois é, Brasil, estamos em rumo de Natal.
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