LEGENDAS |
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cronicas-->A partida do Guimarães -- 09/11/2013 - 13:38 (Brazílio) |
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Não sei agora se era partida ou o regresso. Mas lá tava papai de terno e gravata - e
guarda-pó, que tudo arremata - praquele adeus ao Guimarães, em Belo Horizonte.
O ano de Deus, pelos cálculos, ou paúculos, meus, devia ser 1955, e qualquer boa
biografia do extinto gerente, dono, benemérito, da fábrica de tecidos do Brumado,
da Velha Serrana e de Itaúna, há de dar essa precisão.
O certo é que a gravidade se impunha. O homem morrera na plenitude de sua
maturidade, mal começada sua caminhada rumo à senectude, e já tava agora
mergulhado na eternidade. Grande Guimarães, homem bom, que arranjara
emprego pra quase toda aquela gente que vivia no povoado. E embora os
submetesse ao salário mínimo e aos rigores dos horários e penalidades severas, era
reverenciado. E agora, ia, encomendado. |
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