Amor não vai embora!
Sinta o sol ardente, que folgueia o meu suor e essa chuva incessante que refresca o meu corpo, os meus pés de exílio encontraram um doce lar. Onde com você pretendo fincar raízes.
Olhe ao redor, veja esse céu decorado, esses lírios que perfumam as ruas da noite, esses lagos... O canto dos pássaros e o rio Amazonas que desce calado essas imensas terras. Essa paz...
Não vá embora!
Imagine a nossa casa com varanda no alto daquela colina, onde o mesmo sol faz repousar sobre as flores o calor que as aquece do frio da madrugada, que a lua menina nina os nossos filhos, sob a luz do candeeiro e me guia pelas ruas da mata a uma pesca calma e farta.
Não vá embora!
Não vá embora antes que o sol do Amapá nasça outra vez, trazendo em seu humilde ventre a aurora, magda das Ave- Marias, tantas vezes cantada em coro pelos poetas das belas árvores.
Se vais, digas a Deus que encontrei o paraíso! |