LEGENDAS |
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cronicas-->E a bola rolou -- 24/10/2013 - 16:38 (Brazílio) |
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Feito o Moacir, difícil existir - e nem pensar em repetir. Quão devoto de Maria e
de Nossa Senhora de Fátima, o moço de Mateus Leme de quem fui ser colega
naquele primeiro ano clássico do Seminário São José que, pra reafirmar a fé, e o
seu rescaldo, ocupava todo aquele quarteirão do Colégio São Geraldo, na cidade do
Divino, ele moço e eu ainda menino.
Naquele já agora distante ano de 66, a voz de Roberto Carlos, emitida em parque
de diversão instalado na vizinhaça colheu-nos de cheio e, solenemente, sem
reconhecer o seminário presente, mandava tudo pro inferno - desde que fosse
aquecido naquele inverno.
Moacir, cujos ouvidos eram bons - feito os meus -achava uma blasfêmia inominável
aquela provocação do Rei do iê-iê-iê para com a alma pia daqueles quarenta e
tantos meninos de Cristo Rei. Se pudesse, teria excomungado o cantor e o cantado,
ou feito Jesus no tempo do templo, saído de chicote à mão expulsando o vendilhão
da canção.
E foi caber justamente ao Moacir, que de esporte entendia bulhufas, organizar um
torneio de futebol de salão por determinação do Padre Evaristo, outro ferrenho
soldado de Cristo. Moacir, que provavelmente jamais entrara numa pelada, levou
a papelada para a capela e de lá saiu com a brilhante idéia de dar nomes aos
times participantes de Amitaf, Airiel, Airi, Arohnes Asson, Megriv Airam e assim
por diante. Era sua forma de desagravo que cantava o Rei profano nos jogava aos
ouvidos. Padre Evaristo aprovou. E a bola |
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