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Teses_Monologos-->A Teoria do Mosaico – 10/11/2000 -- 31/12/2004 - 22:03 (Rodrigo Moreira Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Teoria do Mosaico – 10/11/2000 – Rodrigo M.Martins

Sinto-me prenhe de algo ainda indizível, meu tônus cerebral me alerta constantemente acerca de uma realidade nova e admirável.
Os escritos que passam da minha mente às minhas mãos já não me pertencem mais, ficam distantes de mim, se movem conforme a condição de quem lê e ouve seu interior.
Quantas vezes terei que imaginar-me fazendo algo que não posso realizar no real, mas que é perfeitamente possível no virtual? Contudo, indemonstravelmente valioso para quem quer ser mais sensível à realidade interna de si mesmo, pois procuro ver nisso os detalhes que normalmente são encobertos à maioria das pessoas. O simples é raro, complexidade não dá paz a ninguém.
Tratemos, portanto, da beleza das coisas. O que é o belo? Muitos pensadores tentaram responder esta pergunta para as outras pessoas, no entanto, é certo que para si, seu conceito fosse muito mais próximo que propriamente demonstrável. A beleza se faz através daquilo que a sociedade incorpora naturalmente às coisas. Somente é belo aquilo que está dentro do seu tempo, ou seja, aquilo que o ser humano vivendo em sociedade aplica nas coisas, aquilo que seu interesse se volta por causa do já está estabelecido anteriormente. Nem sempre fazemos belo aquilo que realmente pensamos ser belo. O belo é subjetivo, é irreal, apenas um conceito estabelecido por um grupo de influência.
A beleza se constitui na força que determinado grupo tem em impressionar as outras. O indivíduo que sabe manipular os mecanismos de controle da vontade determina aquilo que é belo. Demonstra e é seguido. A partir de sua demonstração, a forma do belo fica com uma linha de direcionamento que vai se desenvolvendo e tomando novas formas, que são novamente verificadas pelo gabarito anterior, e constantemente aprovada pelo grupo que está virtualmente dominando seu tempo, contexto que dita o mundo.
O conceito belo é apenas uma demonstração do poder que reina submerso na sociedade. Tudo é dominado sem se dar conta que está sendo dominado. Façamos uma análise: Todos os meninos do Brasil conhecem futebol, já nascem com a tendência para esse tipo de esporte, no entanto, somente alguns chegam a ser profissionais, e somente alguns se decepcionam totalmente com o esporte; existe ainda outros que declaram rejeição para com ele. Mas é certo que todos conhecem o futebol. O conhecimento traz poder, o poder dá oportunidades de escolha, no entanto o conhecimento é determinado por grupos individuais que vão determinar o futuro de uma sociedade. Quer saibam conscientemente de sua responsabilidade e poder, quer não.
O conhecimento individual determina a decisão do universal.
Em todas as áreas funciona assim, desde todos os tempos. Pois, mesmo nas tradições orais, o indivíduo dava sua contribuição, ao transmitir o ensinamento, já tornava a informação parte de sua vida, e sendo assim, parte de sua vida passava para a informação. E, mais uma vez, os individuais determinam os universais. Pois também o todo é formado de partes, e são essas partes, como que num mosaico, vão tornar o todo aquilo que é.
Como mais uma perspectiva, podemos pensar a respeito sobre política depois desta explanação da teoria do mosaico. A política é uma forma de convivência que se pretende eficaz, convive-se com outras pessoas para se poder viver em sociedade, numa sociedade melhor e mais justa. Somente o indivíduo pode fazer da sociedade, uma sociedade justa, pois é pela força de demonstração que ele vai se impor aos semelhantes. É seu bom exemplo que fará com que o grupo maior deseje sua conotação do conceito apresentado. Sendo assim, cada pessoa tem por obrigação dar o melhor exemplo, e o melhor exemplo será seguido pelos demais, fazendo uma sociedade justa, utilizando-se deste processo de implantação e poder de manipulação em benefício do todo.
O todo sempre reflete as características das partes que o compõem.
A linguagem é feita a partir de conceitos emitidos por indivíduos que vão sendo transmitidos e aprimorados pelo todo, a massa.
Se quisermos nos aproximar do todo, é necessário termos boa noção das partes, e de quem deu os principais impulsos para a formação do todo presente, pois o todo tem aparencia d mudança constante, assim, muda porque as partes mudam constantemente.
Vimos no começo de nossa exposição que o conhecimento é objeto do indivíduo para a formação do todo, podemos ver também que este o caminho que percorre o todo é direcionado pelo conhecimento adquirido e formado pelas partes. Sendo assim, Deus é o indivíduo que forma a noção de partes, que por sua vez fazem dele o todo de seu conhecimento, contudo nunca atingido, pois as partes não podem conhecer totalmente o todo, uma vez que o conhecimento individual não abrange o conhecimento total do todo. Deus é formado pelo conhecimento das partes que não podem identifica-lo por ser Ele o todo de seu conhecimento. Ele, como indivíduo, produz o todo das outras partes, daí vem a idéia do ser enquanto ser que os filósofos falam, é indizível, pois a parte não consegue abranger o todo. Neste caso específico, Deus é o indivíduo que determina seu todo, sendo Ele o único indivíduo que forma o todo, consegue se compreender e apreender-se totalmente.
Esta é uma pequena reflexão acerca de como Deus pode abranger tudo e, nós não compreendermos praticamente nada. Vimos que a parte sendo múltipla não pode apreender o todo e, que somente a parte sendo única é que pode apreender o todo, que o único caso é Deus. No entanto, a junção fundida de todas as partes constituintes do todo poderiam dar noção muito aproximada do todo formado, mas como sabemos, há partes distantes umas das outras, e isto não por mero destino, e sim por forças de poder contrárias, necessidades várias, tendências opostas. E é por isso que as partes, sendo múltiplas, nunca chegarão ao conhecimento total do todo formado por elas. O conceito de Deus formado pela humanidade jamais poderá ser compreendido, sendo necessário formar o máximo de conexões possíveis para que o conhecimento se aproxime do todo desejado. Mas mesmo assim somos forçados a lembrar que este conhecimento foi formado pela multiplicidade das partes, portanto, não se refere ao verdadeiro conceito de todo real que somente a parte única pode ter.
Na teia de partes que vivemos já é impossível ser parte única, podemos então refletir sobre a origem das coisas inteligentes – o ser humano. O ser único – Deus - não poderia criar algo inteligente que não tivesse nada para inteligir/compreender. Então cria primeiro as partes inferiores, as que são mais facilmente compreendidas. Partes que possuem processos matemáticos, demonstráveis, que seguem seqüência lógica através do seu tempo e das influencias que sofrem, sem vontade própria. Após ter criado o objeto de compreensão, pode criar o ser parte que pode compreender, o humano, dotado de senso e parte conectiva. Através das relações de conhecimento efetuadas pelas partes que conectam-se, surge o conhecimento do todo, que mostra o movimento já demonstrado.
O ser humano só pode compreender aquilo que é permitido pelo todo formado por uma só parte. Sendo a parte compreensível, a parte elaborada pelo conhecimento que é produzido e aceito pelo todo das partes. Há uma distinção completa do conhecimento humano e conhecimento do todo, nos dois aspectos apresentados: o todo formado por uma só parte e o todo formado pelas múltiplas partes. Em ambos casos o ser humano é impossibilitado de conhecer o todo.
Para poder ter o conhecimento que é permitido deve-se conhecer as partes e seu processo de conhecimento e formação. A parte que é única também é passível de aproximação, assim como todas as outras partes, só que por formar o todo, é impossível apreende-la totalmente.
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