Meu tio Saulo, quando criancinha (pouco mais de um aninho), era levado como ele só! Não tendo o que fazer, percorria a casa, procurando onde bagunçar. Quando vovó saía para trabalhar, ele não obedecia à babá e fazia a “festa”. As panelas do armário sofriam nas mãos dele. Tirava todas do armário. Na época não havia panela inox e o fraco alumínio amassava-se todo, quando as panelas eram colocadas de boca para baixo e viravam banquinho para o espoleta de meu tio.
Um dia, conseguira abrir a gaveta onde estavam suas roupinhas bem dobradas, passadinhas. Não fosse a vovó chegar e o “pegar no pulo”, todas as peças iriam para o chão, enquanto dizia e repetia: “Papai xinga, papai bate...”
Mas, mesmo com todas as travessuras de meus cinco tios, vovó sente muitas saudades deles pequeninos, ali, ao redor dela.
|