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Humor-->PÓ PRA TAPÁ TAIO -- 09/07/2008 - 09:10 (GERMANO CORREIA DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PÓ PRA TAPÁ TAIO
(Por Germano Correia da Silva)

Seu Praxedes é um homem simples do meio rural que tem o hábito de se automedicar, atitude essa quase inexistente entre as pessoas que moram nos meios urbanos. Mas ele é dessa maneira, um tipo de pessoas que precisa muito dessa “ajuda” proporcionada pelos cientistas modernos criadores dos mais variados produtos comercializados em farmácias e drogarias.

Na casa dele há uma variedade muito acentuada de remédios e medicamentos; tem de tudo um pouco, desde os mais simples comprimidos aos mais complexos xaropes, além de diversos sachês e preparados contendo substâncias para fazer os mais diversos tipos de infusões.

Ele é a figura do verdadeiro hipocondríaco, aquele sujeito meio triste e melancólico que vive reclamando de doenças o tempo todo e tanto isso é verdade que quando ele menos espera é apanhado por achaques, uma espécie de mal-estar que lhe aparece, constantemente, sem quê e nem por quê. Basta as condições climáticas sofrerem alguma mudança, modificando a temperatura ambiente, seja para baixo ou para cima, o corpo dele padece sensivelmente por conta dessas oscilações da natureza.

O farmacêutico local, que é um dos seus amigos de infância, tem participação efetiva na recuperação da saúde desse seu velho amigo e mantém, há já muito tempo, no seu estabelecimento comercial, uma caderneta recheada com as anotações alusivas aos remédios e medicamentos utilizados por esse seu “freguês de carteirinha”.

Seu Praxedes é, por excelência, um cliente destacado dos demais e o pouco que recebe da sua aposentadoria concedida pela previdência social rural ele gasta, sem dó e sem piedade, na farmácia local.

Dia desses, o seu farmacêutico se viu em apuros, pois Seu Praxedes queria, a qualquer custo, um pouco de “pó pra tapá taio” e enquanto o dono da farmácia não trouxe uma pequena embalagem cilíndrica, contendo uma espécie de pó antiinflamatório, popularmente conhecido como pó secante, o seu freguês não ficou sossegado.

Seu Praxedes saiu dali, como o procedera nas vezes anteriores, convicto de que iria curar logo aquele pequeno corte existente na ponta do dedo indicador de sua mão esquerda, o qual fora adquirido minutos antes enquanto ele descascava uma raiz de mandioca visando à preparação da sua refeição matinal.
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