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Cartas-->solidariedade -- 14/12/2006 - 19:17 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Brasília, 14 de dezembro de 2006

Meu caro amigo e mestre Maurício Correa

Independentemente ou concomitantemente com o desagravo patrocinado em boa hora pelo Conselho Pleno da OAB do Distrito Federal, quero externar-lhe a minha solidariedade, porque o faço a um colega de fibra, que, como advogado e juiz, mostrou sempre que a liberdade e a vida constituem patrimônio sagrado do ser humano.
Jamais esmoreceu ou temeu defender as prerrogativas do advogado e do juiz, sustentáculos da democracia.
Realmente,
O Poder Judiciário é o esteio do Estado de Direito.
Sem ele, a democracia claudica!
Sem ele, a liberdade se extingue!
Sem ele, o direito não passa de flatus vocis!
SER JUIZ
Ser juiz é ser bom, quando necessário.
Ser justo, sempre.
Ser intransigente com a injustiça e a ilegalidade.
Ser solidário com o inocente.
Ser duro com o infrator.

E, você, meu caro amigo, soube ser o bom e fiel magistrado que honrou a beca.

O advogado exerce verdadeiro sacerdócio. Necessita ele da mais ampla e irrestrita liberdade e independência, para operar seu ministério. Rui Barbosa, na Oração aos Moços, sintetiza, com rara felicidade, a fonte de vocação do advogado: “Amar a pátria, estremecer o próximo, guardar a fé em Deus, na verdade e no bem.” Esse dogma vem assente na Declaração Maior do Estado Brasileiro.
O advogado é o guardião das liberdades, da vida e do patrimônio da pessoa, em todas as épocas. No mundo moderno, deixou de ser apenas o mandatário do cliente, representando-o, nas causas judiciais, para se transformar no profissional que o assiste, em toda parte e em todos os momentos, sem exceção. O desenvolvimento das relações humanas, o progresso e a globalização, nestas últimas décadas, as grandes e rápidas transformações que se operam em segundos, a fascinante máquina – computador e a INTERNET exigem do advogado uma atuação imediata e constante ou, como proclama Mc Luhan, “o nosso é o tempo de romper barreiras, suprimir velhas categorias, de fazer sondagens em todas as direções”.
O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei, assinala solenemente a Constituição vigente, todavia, hodiernamente se deve entender essa proclamação, no seu sentido mais elástico, visto que sua presença, como se afirmou antes é absolutamente necessária em todos os atos e relações civis do ser humano. Vale dizer é indispensável à sociedade.
A advocacia conquistou a majestade constitucional, em 1988, com postura semelhante à do Ministério Público e da Defensoria Pública. Tanto o advogado público quanto o privado exerce função das mais importantes na sociedade moderna. A missão do advogado reveste-se de caráter institucional e o mandato (no sentido mais amplo) que recebe é de natureza pública, devendo atuar com total independência e longe da coação.
Qualquer lei ou ato normativo que afastar o advogado ou impedi-lo, em sua atuação, encontrará, na Constituição, a barreira intransponível e terá sua vida encurtada pela inconstitucionalidade que os viciam, desde sua origem, porque estarão ferindo de frente a Carta Maior e a lei que rege o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados. A única ressalva diz respeito à impetração do habeas corpus. A Carta Magna e o Estatuto não admitem interpretação diversa.
Infere-se, destarte, que o advogado não pode estar sujeito a qualquer constrição, nem deve esmorecer, no momento em que a crise social, política e econômica está a devorar a nação e minando o próprio Estado. Deve fazer valer as prerrogativas constitucionais, custe o que custar. A Ordem dos Advogados tem à missão precípua de defender essas prerrogativas tanto quanto o advogado, inclusive no que diz respeito ao ensino jurídico e às condições de tempo e espaço, por se refletirem diretamente no exercício da profissão.

E você, meu caro Maurício (permita-me assim chamá-lo), é o grande e nobre advogado.
O advogado incapaz de defender as suas prerrogativas não tem condições de defender quem quer que seja!
E você, meu caro Maurício, soube e sabe defender suas prerrogativas e os direitos da pessoa.
Parabéns à ilustre e querida advogada ESTEFÂNIA que compreendeu em boa hora quão importante é desagravar nosso MAURÍCIO CORREA.




Leon Frejda Szklarowsky

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