Quantos caminhos andei. Recordo-me de tantos anos de amizade com as montanhas. Grandes mestras!
Em toda alma há abismos... Todo abismo guarda segredos, silêncios e almas. Montanhas e abismos amam-se apesar do tempo.
Bons eram aqueles dias de convívio com alturas e nuvens próximas.
A chuva era a prova de que tudo se comunicava. Tudo estava entrelaçado.
Era bom caminhar no barro.
Sabia que as montanhas, como deusas secretas me acompanhavam.
Conheciam meus pensamentos.
Nunca me deixariam só.
Vivo a saudade das montanhas ao sentir alegrias sem motivo.
Seus olhos me devassam e me encontram.
Ouço suas vozes.
Sempre repetem perguntas que nunca fui capaz de responder...