Padece amargurando os pés na

estrada do adeus...

sem chão esmorece na instável

situação de nada estar seguro...

nem os olhos sabem o que fitar,

nem as mãos ostentam o rosto...

tudo parece ser perdido!

As estradas haverão de existir,

sempre!

Os sonhos terão que habitar

seus pensamentos senão

tudo que foi vivido

terá sido em vão!

Os sons ecoarão na sua lembrança

como promessas repetidas e

inconsistentes feitas a mim,

mas você não poderá ocultar

que viveu um pseudo-grande amor!

Eu não mais me alimentarei com

essas saudades!

Preciso do agora!

Não me importarei com o passado e,

tampouco,

com o amanhã!

Siga como tudo segue o seu curso natural!

Não me encontrarei com os seus verdejantes

visores no entardecer de um dia triste...

não me permito despedir de gente que fica,

muito menos de quem sai...

prefiro entender que os fatos surgem e

registram uma nova era!...

Você é passado e

não vivo por ele e

nem dele!

E disso,

que é tão minúsculo,

levarei muito pouco para ficar

aterrorizando meu coração na

tentativa de decretar falência para o amor!

Vejo que o chão reapareceu!...

Os espaços solidificados apresentam

alternativas palpáveis e,

felizmente,

o meu momento quase alternativo

registra que você não irá continuar

sendo um pesadelo!

©Balsa Melo

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