Não dá para comprar uma fazenda e morar em Bali, navegando pelos mares do Sul. Bem que eu queria ficar por lá, morgando ao sol, ainda mais nesses dias de neve. O assunto Bali surgiu quando respondi alguém sobre o que eu faria com a minha aposentadoria. Eu disse que iria ser fazendeiro lá, na beira de uma praia. Disse só por dizer, nem conheço o lugar, só de ouvir falar e quando alguma celebridade nossa sai na Caras, casando embaixo de um gazebo qualquer.
Primeiro que Bali é uma das mais de treze mil ilhas da Indonésia, bem como uma província daquele país. Integrante das Pequenas Ilhas de Sonda encontra-se entre as ilhas de Java, a oeste, e Lombok, a leste. A capital provincial é Dempassar. A ilha abriga a quase totalidade da pequena população hindu da Indonésia e é o principal destino turístico do país. É conhecida pelas suas manifestações culturais, como a dança, a escultura, a pintura, o trabalho em couro e metais e a música. Faz parte de um arquipélago com quinhentas e quarenta e sete ilhas distribuídas em nove grandes grupos. A palavra Bali, com a qual a ilha foi batizada no século IX, deriva da palavra Wali. Wali ou Wari era o termo com o qual os nativos, que muito veneravam seus deuses, chamavam o ato de adoração. Wali é uma palavra do sànscrito que significa "sacrifício oferecido ao deus", "adoração", "culto" ou "oferenda". Tá tudo no Wikipédia e que a superfície da ilha é repleta de montanhas, em sua maioria vulcões e alguns deles ativos. O ponto mais alto de Bali é o Monte Gunung Agung, um vulcão cuja última erupção ocorreu no ano de mil novecentos e sessenta e três. A quantidade de vulcões traz um solo rico em nutrientes e sais minerais. A junção disso e de um ótimo sistema de irrigação transforma Bali em um dos melhores lugares para cultivo de arroz. As porções leste e central são mais férteis do que a porção oeste, onde se localiza o Parque Bali Barat, o maior parque nacional da ilha.
Deu para ver que pecuarista de vinte cabeças seria até possível, mas o melhor seria lidar com arroz e pelas imagens que se encontra pela internet, ó lugar lindo, é melhor ficar só um tempo e voltar pelos Mares do Sul, passando por Tonga, Samoa, Kiribati, Ilhas Cook, Tuvalu, Ilhas Salomão, Fiji, Vanuatu, Nauru, Polinésia, Pago Pago e aproveitando o sol ir radicalizar os esportes na Nova Zelàndia. Se possível fosse faria tudo isso de carro, ao som de Jim Reeves ou Tim Maia cantando Azul da Cor do Mar.
Contudo, Piracicaba continua me esperando amanhã e meus mares são as vigas de aço, necessárias para fabricar estruturas metálicas. Só brotá-las e ver nascerem galpões, pipe-racks, construções diversas e me dizer da minha fazenda metálica. Como disse fazer questão da condição de aposentado, ela não me tira a vontade de ir em frente e amanhã continuarei meu novo lema lançado na fábrica que "É Fazer Mais Com o Mesmo". É a necessidade de ser mais produtivo, com o mesmo. Como eu tenho que ser mais, sendo eu mesmo. Chii...
Sabe aquelas siglas da crónica passada, já as resolvi todas, ficando com uma, por enquanto é INSS. Neste domingo de frio, vinte e oito de sete de treze, prefiro e quero ficar com duas outras - VIVER e FUTURO, mesmo na minha fazenda de vigas, chapas e perfis, ao som do elepê "Jim Reeves Good `N´ Country", deixando Bali para lá. Ao me perguntarem que farei, entregarei uma cópia deste e direi que a vida continua me esperando.
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