Cartão de Isento e as Baixarias
No último dia 5 de julho aconteceu uma confusão num terminal de Curitiba, onde uma moça aparentando quarenta anos de idade e um certo desiquilíbrio neurológico tentou pagar a passagem com um cartão de isento, que só é válido para idosos e deficientes.
O cobrador ao notar qual tipo de cartão era aquele, logo pediu a identidade da mulher porque percebeu que era não era velha. Mas, esta dama ficou nervosa e acabou batendo boca com o rapaz, que filmou a cena com o seu celular. No meio da discussão,a mulher, que estava muito alterada, perdeu o equilíbrio e caiu.
Realmente, uma das funções do cobrador é zelar pela utilização correta do cartão de isento. Porém, tem um detalhe a considerar: algumas pessoas com transtornos nervosos também recebem este tipo de benefício do governo. Por isto, é necessário que as autoridades competentes analisem este caso, pois a mulher pode sofrer de algum problema mental, como demonstrou pelas atitudes, e daí sim, o cartão ser realmente dela.
Esta situação, me fez lembrar de um causo de uma colega, que me autorizou a contar a cena na Internet:
Kelma, nome fictício, tinha esquecido de pedir o dinheiro do ónibus para seu chefe. Então, ela notou que não tinha nenhum tostão no bolso e que o caixa eletrónico ficava muito longe de sua casa. Desta maneira, a jovem pediu o cartão de isento emprestado do seu avó, onde a foto do idoso estava estampada.
Quando a moça pegou o ónibus e foi encostar o cartão na roleta, o cobrador exclamou:
- Menina, este cartão não é seu!
- Por favor, me dê !
O homem olhou o documento e comentou:
- Com certeza, seu nome não é António.
Desta maneira, a garota respondeu:
- Eu me chamava António até ano passado. Hoje, meu nome social é Lili Passat e se o senhor não me deixar passar na roleta, eu posso processá-lo por homofobia.
O cobrador fez uma cara de assustado.
Como eu estava no ónibus e não aguentei tanta zoação, falei para minha amiga:
- Por favor, esqueça toda esta confusão, que eu lhe pago a passagem e você poderá retribuir o favor depois.
Bem, pelo menos, a situação ficou resolvida sem balbúrdia e sem baixaria.
Luciana do Rocio Mallon
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