As vezes fico pensando nas múltiplas possibilidades do destino e em nossas precariedades humanas. Por exemplo, quando nossos corações batem por alguém, o que está por trás
desses tambores? Seriam apenas alarmes falsos de nossos instintos? Ou seria algo sublime, vindo dos céus? Fico na minha pensando nas curvas daquela Lady e imaginando quantas safadezas com vinho poderíamos conversar a sós, sendo um a asa do outro e nos morrendo de rir desse mundo bizarro e mentiroso.
Eu vejo que poderia cuidar bem dela e ensinar-lhe segredos que dificilmente ela vai achar em outro cavaleiro. Poucos ainda estudam o sistema solar ou conhecem versos de Elizabeth Barret "Amo-te com a dor, das velhas penas
com sorrisos, com lágrimas de prece,
e a fé de minha infància, ingenua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas,
por toda vida, e assim DEUS o quiser
Ainda mais te amarei depois da morte."
Quanta beleza eu não dar-lhe-ia, se ela decidisse ser minha rainha. Aquilo que demoro anos seria feito em minutos.
E ela tão reticente, tão distraída.
Fere-me sua frieza.
Ela pode até não querer-me como seu cavaleiro, é direito, mas deveria ao menos ouvir-me os argumentos. Tipo que penso nela com meu corpo. De corpo inteiro. Quem sabe ela também não ficaria apaixonada por si mesma , se eu lhe convencesse da beleza do seu sorriso? Antigamente as músicas faziam sentido e haviam menos analfabetos sentimentais pela terra, vagando em ódios e misérias emocionais como zumbis. E uma das cancões diziam: - "Toda vez que o amor disser vem comigo, pode ir fundo. Isso é que é viver. "
Estou batendo na porta da Lady Distraída. Será que ela abrirá o caminho do Graal? Será que ela, ao menos, sabe que sou um cavaleiro? Tenho minhas dúvidas. O amor nunca deveria ficar sem atenção. Existem criaturas mágicas que precisam nascer dessas pequenas ternuras que a Lady Distraída ainda negando. Lady, deixa eu te provar que você é mais preciosa criatura do mundo.