Última crónica terminei assim, comigo sempre os quatro a um daquele jogo, jogão dos meus dezesseis anos e emendo agora aos meus cinquenta e nove com Brasil quatro e Itália dois. Foi ontem em Salvador, deixando-nos em primeiro lugar no Grupo A, um dia depois daquele jogão completar quarenta e três anos. No meio desse caminho, podemos voltar aos Estados Unidos, Ã quela final da Copa de Noventa e Quatro, diferente por dois motivos; reuniu duas seleções tricampeãs e decisão por pênaltis, quando a imagem do Baggio chutando por cima do travessão não sai da cabeça, saímos como tetracampeões, vinte e quatro anos depois daquele meu jogão. O Dunga saiu por cima também, quando levantou a Taça, jogou fora a Copa de Noventa.
A mesma que nos deu a pior campanha desde a de Sessenta e Seis, fazendo do técnico Lazaroni um pé frio até hoje e pra vocês verem, ficamos com a nona colocação e com a Era Dunga, mais ou menos rompida quatro anos depois, quando eu me lembro do apelido do Zinho, o Enceradeira e da cotovelada que o Leonardo deu no rosto do americano Tab Ramos, ambos devem sofrer efeitos para sempre.
A Copa de Noventa e Oito mescla jogos e minha entrada na sociedade na empresa; em dez de junho, dia de Brasil dois e Escócia um, acertamos a compra e no dia trinta fiquei vendo Argentina e Inglaterra na rodoviária de Piracicaba, esperando ónibus para São Paulo, pois meu sócio tinha voltado antes. O contrato não ficou pronto e fiquei para os detalhes. Todos devem se lembrar daquela final, que causa polêmica até hoje. O que será que aconteceu com o Ronaldo, foi convulsão mesmo e por aí afora. O Zagallo o escalou mesmo assim e perdemos por três a zero, fazendo da França um novo Campeão Mundial, só o Zidane fez dois e com uma cabeçada apenas, encerrou sua carreira e fez a França perder a Copa de Dois Mil e Seis. Foi aos cinco minutos da prorrogação, quando ele atacou o Materazzi. A Itália foi tetracampeã nos pênaltis e ao Zidane restou as desculpas. Nessa Copa saímos nas quartas, perdendo para a França por um a zero. Em primeiro de julho e eu estava na posse do Governador Zanco, fechada com essa tristeza da eliminação.
Dois Mil e Dois foi uma Copa bem festiva aqui na minha casa, pois fizemos festinha em todos os jogos. Uma Copa dividida em dois países, lembram-se, Japão e Coréia do Sul, porém com um título só - Pentacampeão! Dois gols do Ronaldo, na Alemanha e churrasco o domingo inteiro e buzinas e bandeiras por todo lado daquele trinta de junho. Copa dos erres, Ronaldinho, Rivaldo, Roberto Carlos, Roque Júnior e Rrroonaaldo, mais Marcão, Lúcio, Edmilson, Kleberson, Gilberto Silva, Cafu e o Felipão, o mesmo de agora.
Vuvuzela, aquela corneta chata e irritante, que impregnou a Copa de Dois Mil e Dez é o que me lembro mais, fora o time do Dunga com seus casacos e da Jabulani, bola oficial da Copa, cujo significado é Celebrar em IsiZulu. Óia. De novo, saímos nas Quartas, perdendo da Holanda por dois a um, gol de Robinho. Depois a Espanha tornou-se um novo Campeão Mundial, derrotando a Holanda por um gol de Iniesta, na prorrogação. Destaque dessa Copa foi Paul, o polvo, de um zoológico na Alemanha, que previa os resultados e em sete partidas não errou nenhuma. Só o técnico Dunga não conseguiu prever nada
Tá rolando Espanha e Nigéria lá na televisão e eu aqui lembrando as Copas, neste domingo vinte e três de seis de treze, já está um a zero para a Espanha e do Taiti nem perguntei, sei que o Uruguai tem que fazer mais de oito. Domingo que vem espero torcer pelo Brasil na final e muito mais na Copa de Dois Mil e Quatorze. Torcida mesmo e necessária é pelos governantes ouvirem a voz das ruas e transformarem esse nosso País em País Campeão sempre! Não só da bola, mas de todos nós e a minha seleção é aquela que todos nós jogamos.
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