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Texto
Em primeiro lugar,eu não me chamo;os outros é que me chamam,diria um sabido.Mas,esse negócio de nome é muito complicado;imagine um lindo bebê,como esse,se chamando chucha?Espantado?pois foi assim que foi registrada uma criança,semana passada,no interior da Bahia.Influencia global,fazer o quê?Uma importante familia do Rio Grande do Norte,numerava os filhos,talvez para não perde-los:eram muitos;e numeravam,em francês,pois era gente chique.Un,deux,Trois e por aí seguia até,acho que o Vingt-trois;não sei se tinha o vingt-quatre,queria saber,como seria,se houvesse.Um juiz do Interior,amigo do meu pai,e amigo de latinórios,deu ao herdeiro o nome de "Quod vult Dei",que o povo ignorante,chamava mesmo cudevutedeu.Bem merecido!Quando eu ensinava,tive um aluno chamado Jirino;resultado:eu não podia essinar Biologia,porque,ao falar sobre batráquios,a turma começava a bater palmas e cantar,infernizando a pobre criança:-jirino,filho de sapo,filho de sapo.Um horror!
Na fazenda,nos idos de 50,um casal de tabareús,aproveitando a Santa Missão,foi batizar o filho;o sacristão perguntou:-É masculino ou feminino?o capiau zangou:-nem marculino,nem firmino;éMigué,que o pai dele qué.Que situação!
Mas,pior aconteceu com Pe.Antonio,que ao perguntar aos pais o nome da criança,responderam,sem pestanejar:Histerismo.O padre não era o rei da paciencia e esbravejou:-`tão malucos?Histerismo é uma doença horrivel;minha mãe interviu com sua paciencia tão falada,e,o nome do garoto,ficou Asterino.Bom homem,soube que morreu ano passado;graças a Deus,não foi de histerismo.
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