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Cronicas-->1970 - Seleção -- 16/06/2013 - 19:34 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Guilherme, filho meu, já deve estar voltando de Brasília, quando e onde esteve visitando um casal de amigos. Sexta, nos ligou, iria ver o jogo do Brasil, mais a Esther, o casal e outros setenta mil e tantos. Hoje, sabemos dos protestos, da falta de comida, do três gê não ter funcionado e até das vaias e do resultado três a zero, eu esperava mais e achei o jogo meio chocho. Sempre espero mais da seleção, embora tenha hora que dá vontade torcer contra, pelo tanto de nada que parecem jogar os jogadores. Talvez seja, nessa altura da vida, já ter convivido com outras seleções e elas estarem mais comigo do que nunca.
Estava lá no Bar Ponto Chic, em pé, quando o Petrás fez o primeiro gol, logo no primeiro jogo da Copa de Setenta e colocou a Tchecoslováquia na frente, por algum tempo, até o Rivelino fazer o seu, mais o Pelé e Jairzinho dois. Foi em Guadalajara, no México, dia três de junho. O segundo jogo, com a Inglaterra, foi quase de morte para mim, ainda mais com aquela defesa de Banks, considerada a melhor defesa de todas as Copas. Passamos por um a zero, depois a Romênia, três a dois.
Voltando quatro anos, tem a Copa de Sessenta e Seis e me lembro do alto-falante colocado pelo João Araújo, no seu armazém, quando ouvimos pelo rádio a caída do Brasil, mesmo passando pela Bulgária no primeiro jogo, dois a zero; porém dois três a um nos mandaram embora de vez daquela Copa, quase de Portugal. Também com quatro seleções na fase preparatória, sei que escolheram quarenta e quatro jogadores e um deles era o Fidélis.
As Copas de Cinquenta e Oito e Sessenta e Dois assisti todos os jogos pelo Canal Cem e pelas Televisões, que sempre os retransmitiam, como prévia de outras Copas. Então, tenho a impressão de ter estado lá na Suécia e no Chile. O Amarildo, o Possesso, que substituiu o Pelé, mais o Garrincha e todos, Didi, Zito, Gilmar, Mauro, Bellini, Zózimo, Djalma Santos, De Sordi, Dino Sani, Coutinho, Mengálvio entre outros. Hein, o Zagallo também, mas ele está em todas, ou quase. Aos meus oito anos, ouvi pela primeira vez a palavra bolão, que designa o Bolão, crave o seu resultado, pague um valor e boa sorte; se acertar leva o dindin. Foi ouvindo meu pai dizer admirado à minha mãe - Sortudo, o Nelson Carioca ganhou todos os bolões, ele só marcou três a um, que aprendi o bolão. Na decisão de Sessenta e Dois, Brasil três e Tchecoslováquia um. Bicampeão Mundial!
Setenta e Quatro tem o Leão brigando com o Marinho Chagas e quarto lugar, sem esquecer a Holanda e Cruijff, com aquele time mágico, porém não ganhou, igual Brasil na de Cinquenta. De dar dó, absoluta verdade. Setenta e Oito fomos campeões morais e invictos, mas aqueles seis a zero da Argentina com o Peru nos tiraram da final. De dar dó de novo, em Oitenta e Dois, quando nasceu o Guilherme acima, dizem que uma das nossas melhores seleções de todos os tempos, com tudo para ser campeã e não foi. A Tragédia do Sarriá, quando o atentado do Paolo Rossi fez três e nós só dois. Manhã seguinte não foi fácil ver a manchete do Jornal da Tarde, um menino chorando enrolado na bandeira do Brasil, ficamos só em quinto lugar, o mesmo da Copa de Oitenta e Seis, aquela do Josimar.
Tricampeão, depois de passar pelo Peru e Uruguai e fechando com quatro a um sobre a Itália na final, no Azteca, vinte e um de junho de setenta, não vi o apito final, no mesmo bar do Décio, já estava em cima de um caminhão batucando até bem mais tarde. Perceberam qual é a minha seleção, Jairzinho, Pelé, Tostão e Rivellino, Clodoaldo, Gerson, Félix, Brito, Piazza, Everaldo e Carlos Alberto Torres. De Noventa para cá, falarei qualquer hora dessas. É que neste dezesseis de seis de treze, vou dar uma olhada em outras seleções, Espanha e Uruguai, que espero sempre percam para as nossas e por enquanto entre eles está zero a zero. Comigo sempre os quatro a um daquele jogo, jogão dos meus dezesseis anos.
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