Usina de Letras
Usina de Letras
198 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Textos_Religiosos-->Violência contra cristãos na Índia -- 28/08/2008 - 11:45 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acusações contra cristãos na Índia são absurdas, afirma núncio

Dom Quintana: a Igreja seguirá trabalhando pelos mais pobres

NOVA DÉLI, quarta-feira, 27 de agosto de 2008

ZENIT.org

As acusações de proselitismo e conversões forçadas assinaladas contra os cristãos são absurdas, afirma o núncio apostólico na Índia e Nepal, o arcebispo Pedro López Quintana.
O representante papal responde assim à onda de violência contra os cristãos no Estado indiano de Orissa, que já provocou cinco mortes e deixou dezenas de feridos.

O prelado espanhol, em declarações a Rádio Vaticano, assegura que detrás destes atos violentos «há grupos fundamentalistas, alguns inclusive apoiados por ideologias de origem nazista e totalitária, que querem impor um Estado fundamentalista».

Estes grupos, segundo o núncio, «utilizam a religião como um instrumento de manipulação. Neste caso, consideram a religião cristã como uma religião estrangeira, à qual se deve opor».

«Segundo eles, deve-se evitar que o cristianismo se difunda no país. Confundem a realidade, afirmando que os cristãos praticam o proselitismo, coisa que está proibida pela lei. Sustentam que os cristãos fazem conversões forçadas. Há muitíssimas acusações absurdas», explicou.

O prelado sublinhou, apesar de tudo, que a Igreja na Índia, tal e como declararam os bispos, «está decidida, apesar de toda esta horrenda experiência de violência, a voltar a realizar seu trabalho pelo bem de todos, particularmente dos mais pobres».

«Se estes grupos pretendem aterrorizar para que a Igreja abandone sua missão, não conseguirão: a Igreja na Índia está resolvida a continuar sua própria missão de amor, manifestando o amor de Deus a todos, particularmente aos mais fracos», acrescentou.

O núncio, não obstante, confia em que o diálogo e a convivência acabarão impondo-se, «porque são algo que pertence à realidade da sociedade indiana».

«Estamos seguros, como já sucedeu após os ataques do Natal, que os próprios membros de outras comunidades serão os primeiros a nos dar a mão».

A presença dos cristãos na Índia é muito importante no campo assistencial e educativo, sublinhou Dom Quintana. «Às vezes, parece que somos uma força maior, desde o ponto de vista numérico, com respeito à dimensão real da comunidade. Isto confunde com frequência os grupos fundamentalistas: eles crêem que somos mais fortes do que somos na realidade».


top


--------------------------------------------------------------------------------

Nacionalismo hindu, culpado pela violência contra cristãos

Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar está angustiado com a sorte de seus fiéis

KERALA, quarta-feira, 27 de agosto de 2008 (ZENIT.org).- A verdadeira causa da atual perseguição contra os cristãos na Índia não é apenas religiosa. Ela visa a outros interesses nacionalistas e políticos.
Essa é a denúncia de Dom Raphael Cheebath, arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar (a diocese onde se registraram os ataques mais violentos contra os cristãos), ao jornal vaticano L’Osservatore Romano e à agência missionária Asianews.

Até o encerramento desta edição, sabe-se no Estado de Orissa foram assassinadas cinco pessoas, entre elas uma missionária leiga. Muitas instituições assistenciais e paróquias foram destruídas, entre elas um orfanato.

O estouro da violência é consequência do assassinato do líder hindu Swami Laxmanananda Saraswati, de cuja morte se culpam os cristãos.

Apesar das condenações do assassinato por parte da Igreja em Orissa e da Conferência Episcopal da Índia, além de outras confissões, esse fato provocou o ataque mais sangrento dos últimos meses contra os cristãos.

Os cristãos sentem-se totalmente indefesos, em um Estado em que representam 2,4% da população (só 1% é católico).

Ainda que não se trate do primeiro ataque contra os cristãos, o bispo denuncia que esta violência «deu nesta ocasião um passo mais». A raiva «já não se dirige só contra os bens dos católicos, mas agora vai contra as pessoas».

Segundo Dom Cheenath, existem «forças ultraconservadoras que usam pretextos pseudo-religiosos para impor seu controle à sociedade. Existe um interesse em ter os agricultores e os párias em estado de submetimento perene».

Este nacionalismo hindu, responsável de atiçar o ódio contra os cristãos, é, segundo o prelado, «como um câncer que corrói a coexistência das comunidades religiosas, princípio que está na base da fundação da sociedade indiana. As raízes deste nacionalismo, surgido ao redor da organização Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), inspiradora de outros grupos fanáticos, estão no nazismo de Hitler».

Um dos fundadores do RSS, Golwalkar, era um conhecido admirador de Hitler, de quem toma idéias em seus escritos, explica o prelado. «Gowalkar rejeitava a idéia da Índia como um Estado secular, e contrapunha a idéia do Hindu Rashtra (sistema Hindu), no qual não há lugar para outras religiões».

Em relação à acusação de proselitismo, o bispo afirma que é falsa: «nós, católicos, nunca fizemos proselitismo, mas demos sempre bom exemplo com as obras assistenciais. Somos perseguidos, fundamentalmente, por nossa atividade em favor dos mais pobres».

«Quer-se eliminar a Cruz, mas suas raízes são profundas demais, e o câncer do nacionalismo não prevalecerá. A Igreja será luz para muitas gerações vindouras», acrescenta.

Angústia por seus fiéis

O arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, que quando estourou a violência se encontrava em viagem a Kerala para concelebrar uma ordenação, mostrou-se muito preocupado com a situação de seus fiéis, e mostrou seu desejo de voltar o quanto antes possível (entre ontem e hoje) para sua diocese.

O prelado, que está em contato telefônico com alguns de seus colaboradores, mostrou-se especialmente angustiado com a sorte das crianças do orfanato de Panampur, pois não se sabe se conseguiram salvar-se do incêndio provocado pelos extremistas, e que custou a vida da missionária leiga Rajnie Majhie.

«A jovem missionária morreu enquanto os demais conseguiam sair. Provavelmente seu zelo a impulsionou a assegurar que todos os órfãos tivessem saído. As crianças, com algumas irmãs, tiveram de se esconder em plantações vizinhas. Mas não sabemos nada de sua sorte. Rezo a Deus para que proteja estas vidas inocentes», lamentou.

Dom Cheebath se declara também preocupado com o estado de saúde do diretor do orfanato, o Pe. Edward Sequeira, gravemente ferido após as agressões recebidas pelos autores do incêndio do orfanato.

Outro sacerdote cujo destino se desconhece é o Pe. Thomas, diretor do centro diocesano de pastoral, um dos edifícios destruídos pelas agressores. «Trata-se de um centro cuja construção havia custado muitos sacrifícios aos fiéis de minha diocese. Estávamos muito orgulhosos com a obra realizada», acrescentou o bispo.

Segundo refere o serviço de notícia da Conferência Episcopal da Índia, milhares de militantes do Vishwa Hindu Parishad (VHP), ao grito de «Matem os cristãos e destruam suas instituições», irromperam há dois dias no centro diocesano pastoral de Cuttack-Bhubaneshwar.

O mesmo aconteceu em um centro social em K. Nuagam, uma igreja e uma residência paroquial em Kandhamal, e uma capela em Sundergarh. Os agressores atacaram também religiosas da Congregação da Madre Teresa em Bhavanipatni e outras da congregação do Preciosíssimo Sangue em Udayagir.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui