Brinquedos playmobil
(esta história me foi contada por vovó)
A porta daquele armário na despensa estava sempre trancada. Todos os dias Saulo verificava se, por um descuido, Cássio a deixara aberta ao sair para a escola. E frustrado deixava aquele cômodo, porque os brinquedos playmobil que ali estavam ciumentamente guardados - quase a “sete chaves” - era o que ele mais queria. Ele também tinha os seus, mas eram poucos e já estragados. Como tinha apenas quatro anos, não era cuidadoso com todas aquelas pecinhas miúdas que representavam os acessórios e que, com tanta graça, compunham cada bonequinho : lencinho, espada, laço, chapéu, maletinha ...
Mas sempre existe “um dia do descuido”! Cássio fora a uma cidade vizinha, com sua turma de natação, disputar um campeonato. E o Saulo achou a palavra mágica que abria aquele armário: a chave!
Nossa! Foi a maior festa. Esse dia ele nem quis almoçar. Não poderia perder tempo. Com os olhos brilhando, ia pegando cada objeto da coleção e não arredou pé daquele quarto. Pintou e bordou. O tempo passou e o dia começou a escurecer. Que pena! Os brinquedos voltaram para o armário.
Daí a pouco chega Cássio de sua viagem, cansado mas feliz, porque conseguiu “fazer bonito nas águas”. E, na porta, estava o irmãozinho, de plantão, recebendo-o com os inusitados cumprimentos, mal ele entrou em casa:
- OI, CÁSSIO, TUDO BEM? thalesmaia2002@yahoo.com.br
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