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cronicas-->A Seca Nordestina: o mais doce xodó político regional! -- 11/04/2013 - 15:48 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Seca Nordestina: o mais doce xodó político regional!


Em dois mil e nove, sabemos quase todos nós, se iniciou na Europa uma grande crise económica e financeira. Após uma ampla movimentação governamental que até os dias atuais continua a agir com rigor, parece que o pior da explosão passou e o velho Continente permanece a caminhar, embora que a passos comedidos, ajustados ao pós-crise. Houve um problema grande e toda a comunidade ajuntou esforços no sentido e na direção de uma clara resolutividade. Por que com o Brasil a coisa é diferente? Quase ninguém liga e apenas as frestas políticas e eleitoreiras nos arredores dos anos eleitorais acontecem indevidamente, envergonhando a todos. Eis aí o problemão da seca atual que de atual nada tem!
A seca não se resume apenas à falta de água. Por trás dela há também uma complexa fenomenologia social, geográfica e, principalmente, política. A rigor não há falta de água no Nordeste brasileiro. As secas no Brasil, desde o século XVI, são conhecidas e vivenciadas. O que tem queimado a coragem e a fé do povo nordestino é o cáustico desdever político dos nossos governantes, esses verdadeiros mamutes imprestáveis ao trato popular probo, principalmente aqueles imbuídos de autoridades maiores, detentores do poder de executar as obras de absoluta carência social. As exceções têm ficada a cada ano mais rara.
Entre Brasília e o Nordeste há uma confidencialidade política que não nos permite, simples mortais eleitores, decifrar e entender. Há séculos os pobres sertanejos sofrem com as sucessivas e cíclicas estiagens. Falou-se tanto na transposição das águas do Rio São Francisco e as obras permanecem aí sem os PACs pré-eleitoreiros tão proclamados. Não consigo entender o porquê de fazer-se toda essa maldade com um povo que representa a mais legítima face pátria e que em sua maioria originou-se do próprio solo, raras exceções ao punhado de estrangeiros que por essas terras se misturaram com os nativos: tudo boa gente!
Uma seca crudelíssima avassala o sertão nordestino. Um contrassenso quando lemos os telejornais do Norte, Sul e Sudeste onde nossos irmãos brasileiros permanecem morrendo afogados e, também, abandonados pela ação nefasta de nossos governantes. Ajunte-se a isso as falas mentirosas de um passado nem tão recente onde autoridades anunciavam certa redenção com a transposição das águas do Velho Chico, coisa que ainda esperamos com as mãos calosas e a boca seca. Uma odisseia infernal chegou aos nossos ouvidos. Anunciaram uma obra faraónica e hoje há apenas um pedaço dela, feito, e, acima de tudo, apodrecendo por falta de vergonha na cara de um punhado de políticos que deram as costas para as mesmas.



Senhores políticos brasileiros, há uma calamidade social no Nordeste, provocada por essa última seca. Façam alguma coisa para salvar essa gente sofrida e o próprio ecossistema nordestino. Estamos morrendo de sede e de fome. Se não chover nos próximos dias, poderemos ter uma onda indesejada de saques aos comércios locais. O que ainda vocês estão esperando acontecer de pior, além do que já é fático? Essa seca só será resolvida se o que por aqui nos sobra, chegar ao coração de vocês. E falo vocês porque quem está a passar fome e sede não sabe mais pronunciar a palavra excelência. Quanta vergonha! O nordestino construiu o sudeste rico e a famosa Brasília faltosa a todos nós nesta e em tantas outras horas. Resolvam, ajam, eliminem essa via-crúcis por que passamos há tantos séculos. Isso não nos é merecido jamais. O nordestino Trabalha e produz quando chove e a água se junta o sol para gerar vida. A chuva de promessas continua e nada se palpa de concreto. Pode não! São favas contadas.
Dissemina-se a impressão de que muita coisa está sendo feita, quando a verdade é um retrato imostrável.A fortidão do sertanejo é visível, porém, ninguém aguenta sofrer para sempre, como se revivesse a experiência Crística. Ledo engano, tudo estar a ser feito. O Nordeste está sozinho no fogo, abandonado pelos eleitos, sem sequer poder chorar porque há também seca em seus olhos e as lágrimas, de tanto sofrimento verem, também secaram. Esse lenitivo transitório que o governo de Brasília oferece não nos serve mais. É preciso que esses políticos tenham a coragem do sertanejo e resolvam de uma vez por todas esse problemão chamado seca nordestina! As pessoas que aqui vivem são tão dignas como quaisquer outras e não merecem ser lembradas apenas em anos eleitorais, revivendo os agora currais eleitorais modernos. O governo deve se desviciar desses maus modos e agir em prol dessa parte tão importante do Brasil. Acorda Dilma, retira a poeira da saia, lave a face e resolva os reais problemas do país. A água do Pré-Sal não nutre a lavoura e é plenamente esgotável! Não desviscere mais o nosso povo. Governo que é Governo, cuida, ama, defende!
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