Tudo perdido para mim:
a vida que para a escola consagrei
não se realizou.
Afinal,
o que é tudo isto aqui?
Sinto-me frustrado no mesquinho ideal do que está perto.
Como homem, não deverei estar ainda mais?
E como ser?
Tudo é indefinido diante da minha procura.
Tudo tão enevoado.
Estou triste, tremendamente triste.
Para que se esforçar?
Para que procurar?
Teremos sempre a resposta final.
Talvez, daqui até a inexistência do tempo, eu ser consciente do valor.
Agora, quando tudo passa, sinto-me pressionado dentro de mim mesmo.
E tenho consciência de que a única esperança, o último liame
é a vontade de ser lido
e admirado
e envaidecido.
Embora saiba com segurança,
como tudo o que sei
intuitivamente,
que vivo por vivo estar.
Por que não tenho a capacidade suficiente
ou insuficiente para me satisfazer?
Por que sofrer?
Se eu pudesse começar tudo de novo...
05.12.57.
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