Quem diria que o PT faria oposição a seu próprio governo?
Pois é isso que está acontecendo. A chamada ala radical parece ser contra ao cumprimento do programa de governo que elegeu Lula.
Com idéias jurássicas, como a moratória da dívida e o fim da Lei de Responsabilidade Fiscal, os radicais estão atrapalhando o trabalho do governo. Eles não entendem que na teoria, governar é uma coisa, mas na prática é tudo muito diferente. O próprio Lula, hoje, agradece não ter sido eleito há quatro anos. E para desespero dos radicais, desde sua posse, o presidente confirmou as promessas de campanha, fazendo a oposição se calar.
Os radicais petistas viam na eleição de Lula a oportunidade para tirar o Brasil socialista do papel. Mas até agora foram sustos atrás de sustos. Ingenuamente ou não, eles acreditavam que tudo não passava de cena para ganhar eleição. Até agora, quem tem causado mais problema é a senadora Heloísa Helena, que foi advertida pelo presidente do partido, José Genuíno. Isso provocou outros radicais que saíram em defesa da senadora.
O que os radicais não entendem é que o Brasil mudou nesses 20 anos de partido, e o mundo mais ainda. As idéias dos radicais estão ultrapassadas e não cabem mais no Brasil de hoje. A adoção do modelo esquerdista significaria um retrocesso muito grande nas conquistas do país nesses últimos anos. Para um partido que lutou tanto contra a ditadura, os esquerdistas defendem o controle dos meios de comunicação, para que assim não houvesse críticas ao governo. O que isso faz lembrar?
Os esquerdistas precisam entender que o governo está no caminho certo para o momento atual, e devem se atualizar. As idéias da Revolução Russa estão 86 anos atrasadas, e a Rússia provou na pele que elas não deram certo.
