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Cartas-->Militares: paridade salarial -- 28/08/2006 - 10:40 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esta é uma indagação que cada vez mais se faz presente entre nós, inativos da Forças Armadas, em todos os níveis de graduação. Por mais que procuremos, nunca encontramos uma explicação plausível que justifique tanta indiferença, tanta contundência de atitudes por parte dos nossos iguais no exercício de funções na atividade. Causa-nos especial perplexidade ver tanto descaso na condução dos interesses dos militares na inatividade, principalmente em se tratando daqueles a quem cabe a responsabilidade de gerenciá-los, de forma equânime, e que insistentemente exteriorizam manifestações que refletem a existência de um desconforto entre nós e os nossos irmãos em atividade.
Sim, porque hoje já testemunhamos não poucas manifestações sobre a necessidade de separar ativos de inativos, sob a argumentação de que as correções salariais não podem ser tratadas em conjunto, já que a União se sente impossibilitada de, financeiramente, responder a todos de forma igualitária. Creio que da parte dos responsáveis está faltando o uso de uma faculdade que a todos nós é comum em razão do exercício da nossa atividade fim, que é a acuidade perceptiva. É impossível aceitar essa argumentação sobre dificuldades financeiras, isso não passa de uma falácia inaceitável. Os números, em especial nos últimos tempos, têm sido usualmente manipulados, sabe-se lá para que propósito.
O fato é que este é o pano de fundo usado, repetido e acolhido pelos nossos superiores. Não consigo atinar que não estejam percebendo o interesse da conivência dissimulada em nos dividir, e o que é pior, sob a égide da motivação financeira. Até parece que os que estão em atividade, jamais serão atingidos pela inatividade, e que tudo o que auferirem antes disso não lhes será subtraído. Não entendem que se trata de um rançoso recurso de dividir para conquistar, e isto a troco de “poucas moedas”. Entendo que muitos reagirão a essa afirmativa, mas as manifestações presenciadas em passado recente por parte de militares de responsabilidade não deixaram dúvidas quanto a sua veracidade. A impressão que temos é a de que tal sentimento é algo gerado no passado, quando lideranças militares em formação foram alijadas da carreira, e desde então se iniciou um insensato e viciado processo de seleção para promoção que ainda hoje persiste, e cujos reflexos se exteriorizam no surgimento de discutíveis lideranças, pelos quais todos somos hoje penalizados; basta lembrar a amnésia de que muitos foram acometidos pelo esquecimento do movimento contra-revolucionário de 1964; todos os militares que tombaram naquela oportunidade estavam cumprindo ordens, e o que se faz hoje é procurar eximir-se de responsabilidade pela ordem dada. Também não se pode esquecer dos monólogos que são utilizados nos eventuais encontros com os inativos que as Forças realizam. Os questionamentos ainda persistem, e nós, em nossa busca pelo POR QUE? somos levados a imaginar que a conduta excludente para com os inativos é uma forma das administrações militares estarem sempre procurando referendar as decisões tomadas no processo de transferência para a inatividade. O importante, ao que parece, é o silêncio de todos visando propósitos indefinidos. Francamente, neste desabafo à Família Militar, tenho dificuldades imensas para definir uma resposta ao POR QUE? Todavia, seja ela qual for, é muito doloroso sentir que estamos desamparados. Só com a UNIÃO de todos nós é que teremos condições de enfrentar essa dissimulação de atitudes e impedir que sejamos transformados em objetos descartáveis na vida.


Waldemar da Mouta Campello Filho
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Presidente da CONFAMIL
Coordenador do Sistema CONFAMIL



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