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Cartas-->Carta a Alckmin, o bundão que não bate em Ali Babaca -- 28/08/2006 - 10:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Prezado senhor Silvério Zebral,

Embora não tenha solicitado, venho recebendo informações acerca da campanha presidencial do senhor Geraldo Alckmin e, como não me pediram licença para enviar-me o que quer que seja, utilizo-me da mesma falta de cerimônia para dirigir-lhes algumas palavras também.

Quero deixar claro, antes de tudo, que sou liberal-conservadora e, portanto, não apóio nem defendo nenhum dos candiatos apresentados por serem TODOS de esquerda - comunistas/socialistas -, do mesmo modo que em 2002.

Entretanto, soube que os responsáveis pelo material de propaganda na televisão demonstraram interesse em falar do Foro de São Paulo, aquela organização comuno-narco-terrorista da qual são membros fundadores o sr. Lula e o seu partido e o ditador Fidel Castro, e que alberga mais de 150 partidos, Associações e bandos terroristas (como as FARC e o ELN colombianos, o MIR chileno, e FSLN nicaragüense, dentre outros) e que o sr. Lula negou a existência da mesma ao âncora Boris Casoy em entrevista nas eleições passadas, inclusive com ameaças.

Os fatos, entretanto, têm se mostrado bem outros, como aponta com muita propriedade o filósofo Denis Rosenfield no artigo abaixo.

Então, eu pergunto: de "quê" o Sr. Alckmin se esconde ou a quem pretende favorecer se, não tendo "rabo preso", conforme se anunciou desde sempre, sendo uma pessoa íntegra e interessada pela retomada da ordem constitucional no país, se omite de forma covarde e vergonhosa diante do avanço do outro candidato que pretende implantar uma ditadura castro-comunista no Brasil?

Por que ele aceitou a candidatura e agora comporta-se como um gatinho frágil diante de um leão, se tem em suas mãos denúncias escabrosas que poderia usar como FATOS, PROVAS de que este governo do sr. Lula é comunista e que não respeita leis, ordem, Constituição e que destruiu os três poderes institucionais da Nação de forma descarada que todo o Brasil vem assistindo perplexo por mais de um ano?

A mim me parece que este senhor não está, de modo algum, interessado em ganhar as eleições mas fazer a população de idiota, mais uma vez, como se comportou o sr. José Serra em 2002, pois o "acordo" (naquela ocasião) era deixar "a vez" para o candidato comunista do PT.

Não é necessário (nem deve, jamais!) descer de nível como os petistas mas a verdade dos fatos se impõe e DEVE ser mostrada, ou então, renuncie desde já e não faça o povo de bobo porque, neste andar da carruagem, se o comunista Lula não se eleger no primeiro turno, irá para o segundo disputar com a comuno-trotskista Heloísa Helena e a responsabilidade deste afundamento definitivo do Brasil em mãos comunistas será única e exclusivamente DO SR. ALCKMIN.

Até então eu não havia me posicionado sobre votar ou não votar mas, se ele não mudar de estratégia, se ele não denunciar o FORO DE SÃO PAULO (que eu sei que ele tem material primoroso e sério para utilizar como denúncia) que é a FONTE de todas as mazelas por que passa nosso país e nossa gente, não só não terá meu voto como farei campanha contra, denunciando a fraqueza, a covardia e a conivência do PSDB com o PT como, aliás, sempre existiu, dito pelas bocas de FHC e Cristóvan Buarque em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

Peço a gentileza de que façam chegar esta minha mensagem ao Sr. Alckmin porque a estarei divulgando pela internet inteira.

Respeitosamente,

Graça Salgueiro

***

ATAQUES E FATOS

por Denis Rosenfield, filósofo

Lula armou a armadilha e Alckmin caiu nela. Em nome de um suposto debate de alto nível, que não seria marcado por ataques, o Presidente da República está pautando o processo eleitoral. O seu truque foi simples. Por “ataque”, ele entende que não se deva falar da corrupção estabelecida em seu governo e em seu partido. Produziu-se uma devastação que praticamente guilhotinou as cúpulas governamental e partidária, tendo ele próprio se mantido, a duras penas, em sua posição. E nada é dito!

Alckmin, por sua vez, seguindo o conselho de seus marqueteiros, optou por “não atacar”, como se atacar fosse mostrar os fatos que caracterizaram a gestão petista de governar. Os responsáveis da campanha do PT não esperavam tanta benevolência!

Lula se sentiu perfeitamente à vontade para apresentar os “feitos” do seu governo, verdadeiros ou falsos, não se importando com isto, pois contava, de antemão, com o beneplácito de seu oponente, que não o desmentiria.

A mentira tem pautado boa parte dess a campanha, sem que ninguém diga diretamente que “o rei está nu”. Mostrar a mentira, para alguns, significa “atacar”. De quebra, a corrupção e o desvio de recursos públicos, com responsáveis provados por CPIs e, inclusive, denunciados pelo Procurador-Geral da República, desaparecem da propaganda eleitoral, salvo pelas mãos de Heloísa Helena que, com seus parcos minutos, consegue mostrar o que está realmente acontecendo. Aliás, graças a isto, de não-candidata passou à condição de candidata respeitável, já ostentando 11%-12% das intenções de voto.

Enquanto isto, Geraldo Alckmin continua mostrando a sua biografia, desde a sua candidatura a vereador de uma pequena cidade paulista até a sua eleição para governador de São Paulo. A apresentação de seu programa parece alheia aos problemas do país real, apresentando um nítido perfil regional, como se fosse novamente candidato a governador de seu estado.

A estratégia eleitoral tucana de apresentação primeira do candidato pode estar correndo o risco de perder o seu timing, porque, quando entrar numa confrontação mais direta com Lula, este poderá já estar suficientemente consolidado, e sua imagem não podendo ser mais abalada.

O Brasil real, o dos fatos, não o dos ataques, foi: a) o de Waldomiro Diniz, filmado em claro processo de extorsão; b) o de Roberto Jefferson, denunciando o mensalão; c) o de Delúbio, reconhecendo e mentindo ao mesmo tempo sobre o modo que utilizava para extorquir recursos para o seu partido; d) o de cuecas, transportando recursos de origem ilícita; e) o da cúpula do PT, renunciando, sem que nenhum dos seus membros tenha sequer comparecido ao Conselho de Ética do partido; f) o da renúncia de José Dirceu, todo poderoso Ministro-Chefe da Casa Civil e o de sua cassação pela Câmara de Deputados; g) o da renúncia de Antônio Palocci, depois de ter exercido um evidente abuso de autoridade, violando a conta bancária de um caseiro bastardo, sendo, na cerimônia de seu afastamento do cargo, carinhosamente tratado e abraçado pelo Presidente; h) o de Paulo Okamoto, primeiro-amigo de Lula, pagando as suas contas, numa flagrante contradição com o que o próprio presidente declarou, posteriormente, em sua entrevista à rede Globo; i) o de seu filho, aproveitando-se de sua condição para obter um contrato altamente vantajoso para si, junto a uma grande empresa telefônica.

Enfim, os fatos são numerosos e ultrapassariam as letras do alfabeto se fôssemos enumerar a todos. Eis o país real, o país que foi vivenciado nesses últimos anos, o país que não deveria mais suportar a repetição de tal situação.

Ora, o que estamos observando? O candidato mais importante da oposição, Geraldo Alckmin, o que deveria precisamente crescer se mostrando como alternativa nacional, se recusa, até agora, a mostrar esse Brasil real. Confundem os responsáveis por sua campanha apresentar esse Brasil com ataques que deveriam ser evitados, como se mostrar fatos fosse equivalente a atacar.

Em nome da pureza mercadológica, temos uma campanha insípida, sem consonância com a realidade. Atacar significa ferir injustamente uma pessoa, usando golpes baixos ou fatos inverídicos. Mostrar fatos apurados e comprovados significa apenas apresentar a realidade tal como ela é.

Se ela não é “bonita”, não é este um problema de “marketing”, mas do próprio país. Alckmin não se sujaria por mostrar a sujeira que caracterizou esses últimos anos. Ele se mostraria limpo.




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