Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62265 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10379)

Erótico (13571)

Frases (50654)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4776)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6203)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->A maconha daquele um não pega nada -- 09/05/2001 - 14:17 (Samuel Ramos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Faz muito que vejo várias bandas surgindo na onda pós Planet Hemp, propagando a idéia do "legalize já" e outros refrões relacionados, senão ao incitamento, ao menos ao consumo da maconha. Parece ser uma das características, não de hoje, mas dos tempos, de relacionar a adolescência com a transgressão e, assim sendo, com as substàncias ilícitas. Claro isso sempre rende, no mínimo, uma boa polêmica, e, por consequência, marketing maior e também vendas maiores dos cds e, segundo a Zero Zen, ninguém até hoje perdeu dinheiro por subestimar a inteligência do povo brasileiro.

Além do conflito de gerações, inerente às bandas, às letras, mas, pertinente à relação pai mandão e filho bunda mole, que sempre vai existir, há nesse caso uma polêmica maior. Padres, juízes e demais burocratas intervêm legalmente. Só prá exemplificar, a galera do Planet Hemp já puxou uma cana em Brasília, e esteve bem perto disso em mais um par de vezes.

Eles, os pró erva, dizem que a saída é legalizar. Claro que o próprio Marcelo D2, vocalista do Planet Hemp, sempre diz que sua treta é com o tráfico, que "se o cara fuma maconha porque eu fumo é um otário". Mas, mundão sem porteira, tava eu lendo uma entrevista com um conjunto de bardos (jornalisticamente chamados de banda), notadamente reconhecidos nos pampas sulistas. "Em vez de dar dinheiro aos traficantes, deveria haver legalização, pois o dinheiro dos impostos serviriam à campanhas de conscientização." Clap, clap, clap, me assopra o m2.

Vamos por partes. A música deles diz "fume maconha" ou "maconha é bom". Prá piazada de 15, 16 anos que ouve, soa como "fumo maconha, se não me deixar abobalhado, ao menos vai servir de desculpa para que eu faça todo tipo de estultice que comumente não faria". Aí vem o (ui!) governo e libera tudo (jura). A Phillip Morris vai iniciar o plantio massivo da cannabis na região de Santa Cruz - RS, gerando empregos com o novo negócio e mais dinheiro na sociedade (campanhas na mídia, consumo dos becks já selados e encaixotados em versão Marlboro Cabeção sem filtro). Aí o Estado, diligentemente, recolhe os impostos (cof, cof) e os aplica em propaganda que exija a conscientização do uso. Ah tá, só pode fumar lendo Proust ou Sartre. Fumo consciente. Mas não vortemo.

Aí o índio que lê esse tipo de coisa, se pergunta: "prá que legalizar e vender se o propósito da propaganda é não fumar?". Sei lá. Sei que maconha vende maconha e vende disco também. Uma bomba, duas bomba, não pega nada.



_____________________________
http://www.tijolao.cjb.net
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui