"Cigarro: inimigo da beleza
Ter um rosto e um corpo perfeito faz parte do desejo de muitas pessoas e isso explica a grande procura por cirurgias plásticas, principalmente por parte das mulheres. O que muitas não sabem, no entanto, é que o cigarro compromete a cicatrização da pele, entre outros problemas. O cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Mendes Júnior, informa que, para todo caso de cirurgia plástica é preciso haver indicação médica. "O profissional deverá analisar as condições de cada paciente, fumante ou não. Mas no caso dos fumantes, algumas recomendações são necessárias", comentou. Mendes Júnior diz que
o grande problema dos pacientes fumantes, com relação à cirurgia plástica, é a diminuição da espessura dos vasos o que gera a chamada vasoconstrição. O cirurgião explica que com o vaso mais estreito há um fluxo menor de sangue e o suprimento de oxigênio aos tecidos é afetado, o que
pode resultar numa simples cicatriz até uma necrose de pele.Ele informou que a nicotina é o principal fator da vasoconstrição, mas a própria fumaça do cigarro tem outras substâncias que, além de dificultar a passagem do sangue, também dificultam a formação de fibroblastos, as células que produzem a cicatriz. Com isso,
o processo é mais lento e podem surgir cicatrizes hipertróficas, aquelas grossas, ou os chamados quelóides, cicatrizes ainda mais grossas e até dolorosas.Jovens fumantesMendes comenta que estatísticas do Ministério da Saúde mostram que as mulheres começam a fumar mais cedo do que os homens, geralmente aos 12 anos, e em maior quantidade também. "Isso é preocupante não só com relação à cirurgia plástica, mas também por uma questão da saúde da mulher como um todo". A preocupação com as fumantes ser dá também pelo fato de que algumas cirurgias são mais suscetíveis ao aparecimento de uma necrose de pele, como a de rejuvenescimento de face e as plásticas de abdome porque existe o descolamento e o tracionamento da pele. "A paciente precisa estar ciente de que a pele dela pode apresentar dificuldade de cicatrização. É melhor que o resultado a surpreenda do que a decepcione".Antes da cirurgia, aos pacientes fumantes o cirurgião orienta para que parem de fumar dez dias antes da intervenção e também recomenda que faça uso de medicamentos vasodilatadores periféricos. "
Após a cirurgia, recomendamos que a paciente fique pelo menos três dias sem fumar". Os males do cigarroUma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde aponta que no Brasil, as mulheres estão fumando cada vez mais cedo. O grande problema é que,
nas mulheres, o fumo traz conseqüências mais marcantes do que nos homens. Uma delas é o envelhecimento precoce. No caso das gestantes, os males podem atingir o bebê e causar problemas como aceleração dos batimentos cardíacos, morte súbita, aborto e diminuição do peso. A mulher sofre mais com as conseqüências do tabagismo pelo fato da
pele passar a produzir menor quantidade de fibras elásticas e colágeno favorecendo a flacidez, mais comum nas mulheres que nos homens. No caso de uma cirurgia plástica, o cigarro pode desencadear problemas como má cicatrização, necrose da extremidade da pele descolada durante a cirurgia ou ainda, provocar outras intercorrências referentes à anestesia, trombose e embolias. A inalação da fumaça do cigarro também prejudica as células formadoras de colágeno os fibroblastos fundamentais para a cicatrização.Para quem é fumante e deseja se submeter a uma cirurgia plástica, o ideal é programar a cirurgia com antecedência e suspender o fumo pelo menos um mês antes. Além de aumentar as possibilidades da cicatrização ser bem sucedida, a própria paciente vai se beneficiar com o período forçado de abstinência.
Fonte : Bom Dia Sorocaba"
http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=atualidades&link=lista.asp
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