Gostaria aqui de manifestar publicamente meu reconhecimento pelo trabalho singular desenvolvido pelo poder judiciário do Amapá junto às comunidades ribeirinhas (conjunto de pessoas que vivem às margens dos rios) que, sem (ou com pouco) acesso às cidades não faziam parte do grupo de cidadãos brasileiros: sem registro vc não existe para o país. A Justiça vai até essas localidades e seus arredores de barco, lancha, voadeira, enfrentando os mangues e outras dificuldades para auxiliar os ribeirinhos.
Esse trabalho foi um projeto idealizado por um juiz federal (um brasiliense) que, ao exercer suas funções de magistrado no Amapá, inquietou-se com a precária situação de acesso ao poder judiciário vivida por tais comunidades. Segundo informou a juíza paranaense em entrevista a Jô Soares nesta última quinta-feira (27/07/06), o projeto, no qual tb trabalha, não visa apenas a atender questões de certificação de nascimento, mas tudo quanto compete ao poder judiciário. Parabenizo tb a referida juíza pela dignidade com que abordou a questão...
Janete Santos
(amapaense, há cerca de três anos longe da terrinha)