O bloco carnavalesco de Brasília "Pacotão" bem que poderia ter aproveitado melhor o caso dos cartões corporativos para fazer humor. Não se viu nas ruas:
- a tapioca de R$ 8,00 do ministro dos Esportes, Orlando Silva;
- as compras no free shopp da ex-ministra Matilde (gastos totais de R$ 171.000,00 em 2007, principalmente com aluguel de carro e hotéis);
- os gastos do motoboy da Universidade Federal de Uberlândia (R$ 46.700,00);
- o saca-rolhas de quase R$ 800,00 e o abridor de latas de R$ 199,00 que ornamentam a casa do reitor da Universidade de Brasília, Thimothy Mulholland; ao todo, foram gastos R$ 470.000,00 na reforma do casebre do magnífico reitor, via Finatec.
Nada disso foi visto no "Pacotão", nem na "Baratona", nem no "Galinho de Brasília", cujos integrantes levaram porrada da polícia (bem feito! quem mandou jogar cerveja na cara do policial comandante). Por que será? Teriam todos esses blocos comprado suas fantasias também com o famigerado cartão "corporate"?
Já requisitei para mim, minha mulher, filhos e neta 5 (cinco) Lulacard para passear os fins de semana nos shoppings da Capital, enquanto mastigamos uma cocada preta, um cuscuz branquelo e uma tapioca ministerial. A Controladoria Geral da União (CGU) informou que 7.145 pessoas são portadores do cartão. Depois que minha família receber os Lulacard, serão 7.150 cartões. Cinco a mais, ninguém irá notar a diferença...
F. Maier
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