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Artigos-->A JUSTIÇA DIVINA -- 11/08/2003 - 21:39 (ANTICRISTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

"‘Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens’ - (I Corintios 15.19).



Racionalmente não há como negar a reencarnação. Se tivéssemos apenas uma oportunidade de vida terrena, a justiça de Deus seria incompreensível” (Dom Klesyus, “A reencarnação está na Bíblia”).



Esses textos, no entanto, nada dizem em apoio à teoria da reencarnação, senão vejamos:



Quando Jesus, em sua linguagem figurada, disse: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”, Nicodemos perguntou se era “voltar ao ventre materno e nascer segunda vez”, que é o que pregam os reencarnacionistas. Jesus, porém, explicou que não era nenhum novo nascimento físico, mas uma renovação espiritual: “o que é nascido da carne” (nascer fisicamente) “é carne; o que é nascido do espírito” (uma nova mentalidade, novo caráter) “é espírito” (S. João, 3: 3 a 6). Imaginem se a condição para a salvação fosse a reencarnação. Não estaria à escolha do homem; pois ninguém escolhe se vai ou não reencarnar. Se assim fosse, Paulo, mensageiro do evangelho de Cristo, teria pregado para os cristãos morrerem e tornarem a nascer, ao invés de dizer: “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e VOS RENOVEIS NO ESPíRITO DO VOSSO ENTENDIMENTO, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Efésios, 4: 22 a 24).



João Batista era “Elias, que estava para vir” (S. Mateus, 11: 13 e 14). Assim afirmam ser a reencarnação. Se reencarnação é um corpo com o espírito de outro que já morreu, João não podia ser reencarnação de Elias; pois Elias, segundo o texto bíblico, não morreu: foi tomado vivo e “subiu ao céu num redemoinho” (2 Reis, 2: 11). Para admitir sua reencarnação, teríamos que afirmar o inaceitável, que Elias, após subir vivo ao céu, sem passar pela morte na Terra, tenha morrido no céu, para se reencarnar em João. Roma, a cidade que dominava “sobre os reis da terra” (Apocalipse, 17: 18) nos dias apostólicos, era “Babilônia” (Apocalipse, 17: 5 e 18: 1 a 24). Não se tratava de nenhuma reencarnação, mas Roma tinha o espírito de Babilônia, assim como João tinha “o espírito de Elias”, isto é o caráter e o poder de Elias; “sua missão era converter os corações dos pais aos filhos”, como a missão de Elias; era um profeta como Elias (S. Lucas, 1: 17).



Quando Paulo disse: ‘Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens’ (I Coríntios 15.19), ele estava com toda certeza referindo-se à ressurreição, em que ele acreditava. Se ele acreditasse em reencarnação, não teria dito: “...aos homens está determinado morrerem uma só vez, depois disto, o juízo” (Hebreus, 9: 27). Paulo, ao que indicam seus escritos, conhecia a teoria da reencarnação, que devia ser pregada por alguns religiosos contemporâneos seus, e quis expurgar das mentes do cristãos essa idéia, quando disse aquelas palavras aos hebreus. Se ele acreditasse na reencarnação ele teria dito que o homem morreria e renasceria muitas vezes. Mas, ao contrário disse que “...aos homens está determinado morrerem uma só vez, depois disto, o juízo”.



Vejam o que ele pensavam:

“Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (II Timóteo, 4: 8).



Assim ele cria naquele dia:

“Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (I Tessalonicenses, 4: 16).



A principal razão de Paulo dizer Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens é que, como doutrina originalmente cristã, a crença na RESSURREIÇÃO era desconhecida, e não era muito fácil introduzir rapidamente uma doutrina nova nas cabeças dos crentes. A REENCARNAÇÃO, não, essa já existia entre vários povos, mas não sendo admitida pelo cristianismo, assim como não fazia parte da doutrina mosaica.



O escritor espírita quer que a reencarnação exista, como o único meio de seu deus fazer justiça. Isso não justifica em nada. No Velho Testamento, sim, não havia realmente uma justiça aos justos; porque Yavé prometia prosperidade, numerosa descendência e paz eterna, mas toda a história hebraica conhecida e confirmada até os dias cristãos foi mais de servidão do que de liberdade. Mais injusta ainda era a ameaça de castigar os filhos pelas maldades dos pais, forma estranha de justiça exemplificada algumas vezes, como a MALDIÇÃO DE CANAÃ e a TOMADA DO REINO DO FILHO DE SALOMÃO (Vejam) Jesus de Nazaré trouxe a promessa de justiça em uma segunda vida, esta eterna, sem qualquer sofrimento. Essa seria a justiça divina, não a passagem por várias vidas, teoria vigorosamente rechaçada pelo maior difusor do cristianismo, Paulo.







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